Por meio de documento, Apple defende a não abertura do seu sistema iOS alegando questões de segurança e privacidade; saiba mais detalhes.
Nesta quarta-feira (13), a Apple lançou um documento afirmando que os celulares com sistema operacional Android possuem entre 15 a 47 vezes mais malwares do que o iOS dos iPhones.
O artigo “Building a Trusted Ecosystem for Millions of Apps” (Construindo um confiável Ecossistema para Milhões de aplicativos, na tradução livre) se trata de um documento que ressalta os benefícios da loja de aplicativo da Apple, a App Store.
O documento foi publicado por pressão do governo e empresas para que a Apple libere o sideload em dispositivos. Sideloading é o processo de instalação e transferência de arquivos entre dispositivos locais, por meio de conexão USB.
Os dispositivos com Android possuem um sistema mais “aberto” e dão maior controle aos usuários, diferente da Apple.
Por causa disso, a Apple resolveu ressaltar a importância de ter um dispositivo mais “fechado”, onde somente conteúdos e softwares da App Store podem ser baixados nos iPhones. Segundo a Apple, é uma maneira de ter maior segurança digital do usuário.
LEIA TAMBÉM:
–> Por falta de chips, Apple reduz fabricação do iPhone 13
–> Apple TV+ sofre com a pirataria de seus conteúdos
–> Média de ataques hacker a empresas brasileiras já é maior do que a global
No artigo, a Apple afirma que abrir o sistema iOS “prejudicaria a privacidade e as proteções de segurança que tornaram o iPhone tão seguro e exporia os usuários a sérios riscos de segurança”.
A companhia também ressalta que “o sideload tornaria mais fácil e barato executar muitos ataques que atualmente são difíceis e caros de executar no iOS”, e abriria uma porta para prejudicar usuários, empresas, desenvolvedores e anunciantes.
No final do artigo, a Apple utiliza fontes do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos à Agência Europeia de Segurança Cibernética e ao Norton para fortalecer o seu caso.
Na contramão, a Comissária Europeia para a Concorrência, Margrethe Vestager, já disse anteriormente que a companhia não deve utilizar questões de privacidade e segurança como argumento para defender comportamento anticompetitivo.