Tratado como “caixa preta” pela Netflix, número de assinantes no Brasil é exposto em documento privado após erro do Cade; entenda o caso.
Após um erro do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), um documento que contém o número de clientes da Netflix revelou que o serviço de streaming tem uma base de 19 milhões de assinantes no Brasil.
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Esse documento tratado como “caixa preta” deveria ser privado, mas durante manifestação da associação Neo TV, representante de pequenas operadoras de TV por assinatura do Brasil, o Cade tornou o documento público.
No evento, o Cade recebeu um documento da Neo TV criticando a fusão entre a WarnerMedia e a Discovery, onde fazia crítica ao argumento de que a plataforma da Netflix seria uma concorrente da TV por assinatura. Segundo a Neo TV, o argumento é invalido no país.
No texto entregue pela Neo TV dizia
“É verdade que as plataformas de streaming conquistaram muitos clientes nos últimos anos, mas também é nítido que parcela relevante dos consumidores considera os serviços OTT como complementares à TV por assinatura –a Netflix, por exemplo, já foi capaz de conquistar 19 milhões de assinantes no Brasil sozinha”.
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Quando uma empresa faz comunicação com o Cade, ela deve enviar dois documentos: um para o público e outro de acesso restrito. Acontece que a informação da quantidade de assinantes da Netflix está na versão privada do texto e não deveria ser incluída na versão que é pública.
Os dados relativos ao número de clientes se referem ao período de janeiro deste ano, sendo que é possível que a Netflix já tenha alcançado os 20 milhões de assinantes.
Segundo a Netflix, é uma questão de estratégia não revelar o número de assinantes da plataforma. O mais próximo que a companhia chegou nessa situação foi emitir um comunicado, em setembro de 2019, onde a empresa afirmou que tinha quebrado a barreira dos 10 milhões de contratos no Brasil.
Com informações da Notícias da TV