Após cinco anos em recuperação judicial, a Oi pretende sair da proteção, mas precisa receber aval da Anatel e do Cade; entenda o caso.
Há cinco anos, a operadora de telefonia Oi registrava o pedido de recuperação judicial com uma dívida de cerca de R$ 65,4 bilhões. Atualmente, a operadora está com uma dívida líquida de R$ 21,8 bilhões, com a estimativa de cair para R$ 14 bilhões em 2024.
Com isso, a operadora pretende sair da proteção contra credores e colocar a empresa novamente no mercado. No entanto, para isso, é necessário que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) dê sinal verde para a Oi.
Mesmo com a diminuição da dívida durante esses anos, a receita da Oi reduziu de R$ 26 bilhões para R$ 18,8 bilhões. Enquanto que o prejuízo aumentou de R$ 8,2 bilhões para R$ 10,5 bilhões, somente ano passado.
No segundo trimestre deste ano, a Oi mostrou uma recuperação com lucro de R$ 1,1 bilhão na sua receita. Mas na bolsa, as ações não têm prosperado.
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Antes de estar em recuperação judicial, os papéis da operadora valiam R$ 1,63. No mês em que foi pedido a proteção judicial, as ações caíram para R$ 0,94, o mesmo valor registrado na última segunda-feira (11).
Com o valor abaixo do preço-alvo de R$ 2,65, as ações da Oi são recomendadas por três entre as quatro casas de análise da bolsa.
Recuperação Judicial (RJ)
Desde que solicitou a proteção judicial contra credores, para evitar a possível falência, a Oi tem vendido ações, imóveis, torres e datas centers e telefonia móvel.
Entre as principais vendas feita pela operadora estão a Unitel, vendida por um valor de R$ 4,2 bilhões, torres e datas centers por R$ 1,4 bilhões e a telefonia móvel, vendida por R$ 15,8 bilhões.