Depois da polêmica relacionada às interferências das redes de 5G dos radioaltímetros da aviação nos Estados Unidos, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) passaram a fazer o monitoramento da faixa de 4200 – 440 MHz para garantir a proteção do serviço de radionavegação Aeronáutica.
O monitoramento das agências tem o intuito de, caso seja necessário, fazer avaliação de ações de mitigação a interferência. Iniciado neste ano, o acompanhamento considera a essencialidade dos radioaltímetros, que são dispositivos que calculam a altura de um aeronave acima do solo, para a segurança de voos.
De acordo com a Anatel, a polêmica do caso nos Estados Unidos provocou uma preocupação no setor de aviação civil, devido às características das redes de 5G, como maior potência de transmissão e uso de antenas com conformação de feixes.
“Esse movimento tem gerado discussões na Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), que atualmente recomenda uma separação espectral de 200 MHz em relação a sistemas de telecomunicações móveis internacionais (IMT) para proteger os radioaltímetros que operam na faixa de 4200 – 4400 MHz, diz a agência. A decisão americana sobre o uso da faixa de 3,9 GHz, ressalta, não encontra paralelo com o 5G no Brasil na faixa de 3,5 GHz (3300 – 3700 MHz)”.
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A Anatel está estudando o uso da faixa de 3,7 a 3,8 GHz para a quinta geração de internet móvel de baixa potência, especialmente em ambientes internos para atendimento às redes privadas e à indústria 4.0. Dessa forma, a autorização do uso dessa faixa será diferente do que em outros países, com potência mais de mil vez inferior ao que será usado em países europeus.