Na semana passada, durante processo de fusão entre Discovery e WarnerMedia, a Claro não apresentou nenhuma imposição em relação à fusão das duas empresas, mas a operadora de TV por assinatura não se manteve quieta em relação a algumas alterações que a Disney tem feito para favorecer seus dois serviços de streaming Star+ e Disney+.
Acontece que a Disney retirou filmes, séries e jogos ao vivo de seus canais lineares para privilegiar suas duas plataformas. A crítica foi feita ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A operadora afirma que “Este movimento encarece o serviço para o assinante e deixa tudo mais caro”.
Para a empresa, a prática da Disney encarece os valores dos planos pagos pelo público para ter acesso a mais conteúdos. A crítica foi feita principalmente a retirada das temporadas inéditas das séries “The Walking Dead” e “This is Us” do Star Channel, além da remoção de jogos de apelo do futebol europeu, como clássicos entre Milão x Milan e Manchester United x Liverpool.
A operadora se preocupa com o esvaziamento de conteúdo relevante. Os canais Discovery e WarnerMedia são muito importantes para a sua base, e não teria como substituí-los, criticando assim a estratégia da Disney de remover séries e filmes também importantes para a sua base, além do futebol ao vivo.
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Em carta, a Claro comentou que além de encarecer o serviço para o cliente que terá que adquirir mais pacotes de TV paga para ter acesso a mais conteúdos, a empresa não pode repassar descontos para os clientes por causa dessas retiradas.
“Além disso, é importante destacar que este movimento encarece o serviço para o assinante na medida em que, para ter o mesmo conteúdo antes disponível em seu pacote de TV por assinatura, o mesmo terá que adquirir um novo produto Direct-to-Consumer (D2C). Adicionalmente, estas retiradas de conteúdo não acarretaram qualquer desconto nos custos de programação que pudessem ser repassados aos assinantes”, criticou a Claro.
Vale ressaltar que a Disney não foi a única a fazer isso. A própria WarnerMedia removeu jogos importantes da Champions League dos seus canais lineares e levou para o streaming HBO Max, o mesmo feito com a série Friends. No entanto, a Claro apenas citou a Disney como exemplo e não criticou outros programadores na carta.