Durante conferência de resultados com analistas realizada nesta quinta-feira (11), o presidente da Oi, Rodrigo Abreu, declarou que não pretende esperar o fim da arbitragem da Anatel para decidir o futuro da sua concessão de telefonia fixa. O presidente tem a intenção de adaptar a concessão para o regime privado de exploração até o final do ano que vem.
Rodrigo Abreu afirmou que tem expectativa de que a arbitragem forneça um saldo suficiente para que possa fazer a migração sem custos e ainda ter sobras. “Esperamos vários bilhões de reais, mas vamos esperar o decorrer da arbitragem para poder ter um valor mais preciso”, declarou ele.
Atualmente, a Agência Nacional de Telecomunicações aguarda levantamento de consultorias independentes para confirmar os valores que as concessionárias deverão pagar para que possa realizar a mudança do regime jurídico de suas operações de telefonia fixa, podendo assim criar uma nova Oi.
O presidente também reitera que, normalmente, o período de arbitragem envolvendo concessões leva cerca de 18 a 24 meses, mas que o processo tem apresentado um bom ritmo, sem atraso da Anatel ou do painel que deverá fazer a mediação. No entanto, ele espera que o resultado concreto saia em meados de 2023.
“Esperamos estar já em condições para ter decisões preliminares no final do ano que vem, e com mais seis meses, termos a conclusão final”, declara.
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Em dezembro de 2022, a Oi e a Anatel já poderão ter resultados preliminares dessa arbitragem, que deve impactar “em alguns milhões” os custos de adaptação da concessão.
“A arbitragem é muito grande. Ainda depende de muitas diligências. O que estamos vendo é que ajudará a gente a migrar sem custo, e ainda haverá um excedente para nós lidarmos com cobranças junto ao governo federal. Serão alguns bilhões. Arbitragens desse tamanho não são curtas, levam pelo menos de 18 a 24 meses. Até agora, todos os passos necessários foram dados sem atrasos. Tivemos a aprovação da indicação dos árbitros, indicação do presidente do painel. Ao final do ano que vem já teremos decisões preliminares e recomendações, e apenas seis meses depois poderemos já colher alguns resultados”, disse o executivo.