A Oi divulgou nesta quarta-feira,10, o resultado financeiro do terceiro trimestre de 2021, onde registrou um prejuízo líquido atribuído aos acionistas controladores de R$ 4,813 bilhões, um aumento de 82,4% nas perdas, em relação ao mesmo período de 2020, de R$ 2,638 bilhões. No segundo trimestre, foi registrado um lucro de R$ 1,139 bilhão.
De acordo com o balanço, a empresa registrou no terceiro trimestre, um resultado financeiro líquido consolidado negativo de R$ 4,380 bilhões e um Imposto de Renda e Contribuição Social negativo no valor de R$ 292 milhões, “resultando em um prejuízo líquido consolidado de R$ 4,811 bilhões, no período“.
A Oi acrescenta que na comparação anual, houve aumento das despesas financeiras consolidadas devido a desvalorização do real frente ao dólar, sendo cerca de R$ 3,5 bilhões do prejuízo referente à variação cambial prejudicial à companhia, que possui títulos em outras moedas e ativos no exterior. No segundo trimestre, as despesas financeiras e outras receitas ficaram negativas em R$ 237 milhões.
O resultado cambial líquido também ficou negativo em R$ 1,224 bilhão no 3º trimestre, ante perda de R$ 440 milhões do ano anterior, enquanto que no segundo trimestre de 2021 ficou positivo em R$ 1,924 bilhão.
Houve também uma queda na receita da empresa, que fechou em R$ 4,52 bilhões, um encolhimento de 3,9% na comparação ano a ano. O lucro antes de impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) não teve muita alteração, ficando em R$ 1,46 bilhão.
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Resultado operacional
No segmento operacional, a Oi teve uma queda na base de clientes em banda larga residencial, no B2B (business to business) e na TV por assinatura via satélite (DTH). A Oi Móvel, que está em processo de venda para a Claro, TIM e Vivo, foi a única que atraiu novos clientes.
No total, a Oi tinha 13,73 milhões de contratos no final de setembro, menos 4,6% em comparação ao mesmo período de 2020. Embora tenha adquirido 4 milhões novos clientes na telefonia móvel, a empresa não conseguiu evitar a baixa na base.
No segmento de banda larga residencial, a Oi registrou um crescimento da quantidade de assinantes de serviço via fibra óptica em 81,5% para 5,9 milhões. No cobre, houve queda de 43,1%, com 4,1 milhões de assinantes. A receita ligada aos serviços de fibra atingiu R$ 751 milhões no trimestre, ultrapassando o cobre que encolheu 36,6% em geração de receita, para R$ 583 milhões.
Dívida da Oi
Embora a empresa tenha reduzidos os investimentos (Capex) em 9,6%, a R$ 1,82 bilhões, a dívida líquida da Oi, que está em recuperação judicial, fechou o 3º trimestre em R$ 29,899 bilhões, uma alta de 40,7% em um ano e aumentou 16,4% frente ao segundo trimestre. O caixa disponível ficou em R$ 4,13 bilhões, um encolhimento de 27,3%.