A chegada da quinta geração de internet no Brasil vai revolucionar diversos segmentos do mercado brasileiro, desde atividades simples como baixar e enviar arquivos até atividades mais complexas como a telemedicina, que abrange toda prática médica realizada à distância, sendo possível até a realização de cirurgias remotas, com profissionais operando aparelhos a distância.
O primeiro impacto da chegada do 5G será a rapidez e baixa latência que a tecnologia trará, sendo que ela pode ser até 100 vezes mais rápida do que as conexões 4G, diminuindo o tempo de resposta, responsável pelo “delay” que existem em chamadas de vídeo, por exemplo.
A nova tecnologia trará uma nova era para a conectividade no Brasil, que vai além do aumento da velocidade que o consumidor vai presenciar, pois a quinta geração de internet móvel vai viabilizar de forma mais efetiva a chamada internet das coisas (IoT), afetando a infraestrutura das cidades, dos serviços públicos e da política industrial.
A conectividade da internet das coisas já é presente no Brasil, mas é uma conexão feita pelo wi-fi. Com a nova rede, os aparelhos serão conectados diretamente no 5G e terão muito mais equipamentos conectados, da geladeira ao tênis. Há empresas que já estão produzindo produtos com chips e sensores capazes de exercer funções de forma automatizada pelo trânsito de dados 5G.
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Nas indústrias, o 5G vai automatizar ainda mais os processos fabris por meio de inteligência artificial e aprendizado de máquina, por exemplo. Essa automatização será realizada pela faixa de 26GHz, que segundo especialistas é uma das faixas do leilão direcionada para a construção de redes privadas para a indústria.
Além disso, será possível criar novas aplicações para outros setores industriais, como o agrícola, com a possibilidade de aumento na produtividade no campo. Ou seja, pode ter um impacto positivo nos negócios e na geração de empregos.
Infelizmente, o acesso inicial ao 5G ficará concentrado em capitais e regiões mais ricas, pois as vencedoras do leilão, que ocorre hoje (4), deverão instalar as antenas em localidades com maior demanda de conexão, além de que poucos celulares são compatíveis com a nova tecnologia.
Ou seja, mesmo em locais em que a rede chegará primeiro, as pessoas não terão acesso à internet 5G caso não tenham um aparelho compatível, que geralmente custam mais.