De acordo com um levantamento realizado pelo jornal britânico Financial Times (FT), os oitos maiores grupos de mídia e tecnologia dos Estados Unidos pretendem investir cerca de US$ 115 bilhões (R$ 643,01 bilhões) em produções de filmes e séries em 2022 para o streaming. Incluindo direitos de transmissão de eventos esportivos, a estimativa é que o gasto seja por volta de US$ 140 bilhões (R$ 782,79 bilhões).
Os dados do levantamento foram calculados com base nas informações das próprias empresas e de analistas de mercado. As empresas citadas no relatório são a Netflix, Disney, Apple, Comcast, WarnerMedia, Amazon, ViacomCBS e Fox.
Netflix pretende ter um gasto de mais de US$ 17 bilhões em conteúdo ano que vem, um aumento de 25% em relação a 2021. A ViacomCBS, Fox e Apple planejam gastar uns bilhões de dólares em conteúdos.
A Walt Disney, que tem o streaming Disney+, deve incrementar o seu investimento em até 40% em 2022, segundo estimativas do Morgan Stanley. Os gastos da empresa devem chegar a US$ 23 bilhões, mas incluindo os direitos esportivos, o gasto aumentará para US$ 33 bilhões.
Todo esse investimento é sinal de que nos próximos anos, as plataformas de vídeo on demand estão se preparando para encarar a forte concorrência que tem se formado ultimamente. Apesar do grande investimento, os anos que estão por vir serão difíceis para esse mercado, que busca acrescentar mais assinaturas a sua plataforma.
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De acordo com o analista de mídia da MoffettNathanson, Michael Nathanson, em entrevista ao FT: “Não há como voltar“. “A única maneira de competir é gastando cada vez mais dinheiro em conteúdo premium“, afirma.
Além disso, os streaming precisam correr atrás dos assinantes que perderam, uma vez que o crescimento de clientes teve uma diminuição na maioria das plataformas. No terceiro trimestre de 2021, a Netflix contabilizava 214 milhões de assinantes, enquanto a Disney+ tinha 118 milhões.