De acordo com um estudo da consultoria Bain & Company, até 2030, cerca de 80% das conexões móveis no Brasil serão da tecnologia 5G. É previsto que nesse período, seja gerado uma receita líquida de aproximadamente R$ 74 bilhões, enquanto que em cenário mais próximo, o faturamento será de R$ 4 bilhões em 2022.
Mesmo com essa previsão otimista, os dados da pesquisa avisa que será necessário um investimento pesado na rede tanto na cobertura nacional quanto na regional. Sendo assim, as empresas que venceram o leilão de telecomunicações realizado em novembro deverão investir forte na infraestrutura para fornecer a rede.
Outra pesquisa realizada pela Global Nobile Consumer Survey Brasil, da Deloitte, aponta que 69% das pessoas entrevistadas afirmaram estarem dispostas a pagarem mais caro para ter acesso ao 5G no país. Já 45% dos entrevistados afirmam que estão considerando migrar para a tecnologia, quando ela estiver disponível.
As empresas têm a obrigação de levar cobertura 5G para 9.600 localidades rurais, conforme estabelecido no edital, mesmo que seja uma desafio. Para o engenheiro eletricista Jean Carlos Kamradt em entrevista ao site Terra, não basta apenas disponibilizar a rede, mas também ter um custo acessível para a área.
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“E importante que o 5G chegue de forma abrangente e a um custo aceitável para a cobertura de áreas rurais e remotas. A partir daí, inúmeras oportunidade de desenvolvimento se abrem nesta área, como emprego de drones para monitoramento de plantações e rebanhos, a operação remota ou autônoma de máquinas agrícolas e o uso de agricultura de precisão e, ainda, pecuária por meio de localização precisa sem o uso de FPS”, ressaltar Kamradt.