Estava marcado para hoje (28), a análise da venda da Oi Móvel para a Claro, TIM e Vivo na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O Conselho Diretor da agência reuniu-se para determinar se a transação seria aprovada ou não, mas depois de o presidente do conselho, Emmanoel Campelo de Souza Pereira, ter sugerido a aprovação, mesmo com restrições, o conselheiro Vicente Bandeira de Aquino Neto pediu vista do processo.
Entre as restrições estava a garantia do direito de portabilidade a qualquer momento dos clientes; a segregação dos contratos que integram combos da Oi de forma transparente e devidamente comunicada; a migração não automática de fidelização; e a ausência de cobrança de ônus contratual, pela quebra de fidelização dos contratos.
Entretanto, mais um vez fica indefinida a repartição da unidade móvel da Oi para a TIM, Vivo e Claro, que provavelmente voltará a ser debatido pelo Conselho Diretor no dia 31 de janeiro. A convocação de uma nova extraordinária foi assinada pelo presidente substituto da Anatel, Emmanoel Campelo.
Vicente Aquino se dispôs a analisar o caso no final de semana e devolve-lo ainda nesses mês. Além disso, é possível que traga o caso da V.tal, pois ele anunciou a intenção de analisar os dois casos em conjunto.
Nos últimos dias, houve grande expectativa da aprovação, devido a reunião que analisaria a transação hoje. A expectativa foi tanta que as ações da Oi disparam na bolsa, sendo que nos dez pregões anteriores ao de hoje, OIBR3 subiu 46,3%.
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Na sessão de hoje, a ação abriu em forte alta, mas com a reviravolta do pedido de vista, as ações viraram para queda, onde às 12h24, os papéis aceleravam as perdas, tendo o OIBR4 caído 5,46%, a R$ 1,56, enquanto os ativos OIBR3 registraram queda de 5,94%, a R$ 0,95. Mesmo com a queda registrada hoje no preço, os papéis ON acumulam alta de 25% este ano e PN avançam 23%.
Vale ressaltar que além da Anatel, a venda da unidade móvel da Oi ainda precisa passar pelo aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O órgão de defesa da concorrência tem até fevereiro para apresentar a sua decisão sobre o caso.