Por meio de Fato Relevante publicado nesta quinta-feira (3), o Conselho Administrativo da Oi anunciou alterações na sua Diretoria Estatutária, informando a saída do diretor estatutário sem designação específica José Claudio Moreira Gonçalves, que agora irá assumir responsabilidades executivas relacionadas a subsidiária V.tal (Brasil Telecom Comunicação Multimídia S. A.).
A deliberação da Oi encerra a passagem de 22 anos de Gonçalves pela companhia. A empresa apontou “contribuições e resultados significativos atingidos” durante o mandato do profissional, “sobretudo no processo de transformação tecnológica e digital” da tele.
Além disso, ele buscou maior eficiência operacional, otimização de investimentos e melhoria da qualidade dos serviços prestados ao cliente, por meio da modernização e aumento de capacidade da rede, e na implantação técnica e operacional do projeto de fibra (FTTH).
A V.tal reúne ativos de infraestrutura de fibra óptica segregados pela Oi, sendo que atualmente está aguardando a aprovação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para a venda da empresa para o fundo BTG Pactual. O processo de anuência prévia da transação na agência está no gabinete do conselheiro relator, Vicente Aquino.
LEIA TAMBÉM:
–> Oi receberá adiantamento de R$ 1,5 bilhão do BTG para financiar V.tal
–> Anatel publica condicionantes para a aprovação da venda da Oi Móvel
–> Saiba o que a Oi falou sobre as oscilações de suas ações na bolsa
Sobre José Claudio Moreira Gonçalves
Conhecido pelo apelido de Naval, o executivo ingressou na Oi no começo dos anos 2000. Em 2005, saiu do cargo de gerente e foi para a função de diretor de operações. Em 2009, tornou-se diretor de engenharia, e em agosto de 2012, foi diretor de operações de rede da empresa.
Ele é formado em Engenharia de Produção pela PUC-RIO, é pós-graduado em Logística pela Fundação Getúlio Vargas, possui MBA pela Fundação Dom Cabral, e pós-MBA pela Kellog School of Management, da Northwestern University.
Gonçalves foi um fator importante do plano da Oi de recuperar o investimento feito em fibra a partir de uma estratégia de reuso, onde foi possível ampliar a quantidade de acesso em última milha a custo reduzido, cobrindo áreas onde já tinha o backbone da companhia.