A Telefônica, dona da Vivo no Brasil, participou do leilão do 5G e conseguiu arrematar faixas de frequências no âmbito nacional e regional. Dessa forma, a empresa deverá cumprir as obrigações previstas no edital da licitação. Para isso, a operadora planeja desembolsar R$ 2,7 bilhões para cumprir essas demandas em 2022.
Entre esses compromissos estão contribuições para a EAF (Entidade Administradora da Faixa), que foi formada para realizar a limpeza de espectro, para a construção da rede privada do governo, conexão de escolas e da rede fibra na região do Amazonas.
Os investimentos da Vivo serão concentrados neste ano, sendo que até 2024, outros montantes menores serão desembolsados para o cumprimento das obrigações. No quarto trimestre de 2021, a empresa registrou mais de R$ 4,5 bilhões referentes a licenças e obrigações do leilão do 5G, sendo que R$ 900 milhões estão relacionados às licenças, que serão pagas em 20 anos.
De acordo com David Melcon Sanchez-Friera, diretor de Finanças da Telefônica, afirma que “Desses R$ 4,5 bilhões, R$ 3,6 bilhões têm a ver com as obrigações, então não vão impactar o capex futuro porque já estão reservados e já são considerados na dívida financeira”.
O executivo diz que o nível de investimento da empresa continuará tendo o mesmo patamar nos últimos anos. O que vai diferenciar é os aportes que serão focados para a implementação da quinta geração de internet móvel, e não o 4G. Ano passado, a Telefônica investiu aproximadamente R$ 8,7 bilhões.
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Nesta semana, a Vivo divulgou seus resultados financeiros e em 2021 obteve lucro líquido de R$ 6,2 bilhões, representando um aumento de 30,6% em comparação ao ano anterior. O fluxo de caixa livre chegou a R$ 7,4 bilhões, permitindo a aquisição dos ativos móveis da Oi com recursos próprios.
A operação já foi aprovada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) pelo Conselho Administrativo de Defesa (Cade) e deve ser finalizada nos próximos meses, segundo o disse o diretor-presidente da Telefônica, Christian Gebara.
Nessa transação, a Telefônica pagará cerca de R4 5,5 bilhões pelos ativos da Oi Móvel, adicionando à sua base 10,5 milhões de clientes e 2.700 estações rádio base (ERB), sendo que 50% deverá ser vendida conforme acordo determinado pelo Cade.