A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) autorizou a Kepler Communications o direito de exploração do sistema de satélites estrangeiro não geoestacionários até 20 de janeiro de 2037. A empresa deverá operar com até 175 satélites orbitando a cerca de 575 km de altitude, com 140 operacionais e 35 sobressalentes.
A implementação do serviço foi dividida em três etapas: a primeira é uma fase de demonstração que já foi iniciada em 2018 com o lançamento dos primeiros satélites, enquanto que a última está prevista para ser concluída em 2023.
O objetivo é oferecer dois principais serviços comerciais. O primeiro será na forma de Serviço Fixo por Satélite para VSATs, que será usado para a banda Ku. O Global Data Service é um serviço de armazenamento e encaminhamento de alta taxa de dados, visando principalmente aqueles que precisam transmitir/receber grande quantidade de dados em áreas remotas não conectadas ao servidor de internet, assim como para áreas onde não há atendimento adequado de satélites tradicionais ou redes terrestres.
Além disso, o Global Data Serviço irá priorizar a taxa de transmissão e capacidade de transferência para uma comunicação em tempo real.
O segundo foi denominado de everywhereIoT, cujo serviço deverá oferecer conectividade com baixa taxa de dados para fazer a conexão entre dispositivos da Internet das Coisas (IoT), como rastreadores GPS e sensores ambientais, por meio do uso das Bandas S e L. Os terminais de everywhereIoT irão fazer comunicação direta com os satélites Kepler, onde cada satélite poderá atender milhares de módulos IoT de forma simultânea.
A Anatel estabeleceu condições para liberar o serviço no Brasil. Ou seja, a operação do sistema da Kepler Communications não tem direito a proteção, assim como não poderá causar interferências prejudiciais nos sistemas não geoestacionários da Globalstar e Iridium, que já são operados nas bandas S e L.