Na tarde desta quarta-feira (16), o Gaispi, grupo responsável pelas decisões a respeito da limpeza da faixa de 3,5 GHz, decidiu que as emissoras de TV aberta que transmitem sinal por satélite, serviço conhecido por TVRO, deverão migrar para o satélite da Embratel Star One posicionado a 70º Oeste.
A empresa tem dois satélites na mesma posição, mas o que deverá ser usado é o Star One D2, recém lançado e de alta capacidade em banda Ku.
O Gaispi constituído por representantes de Anatel, MCom, Claro, TIM e Vivo, associações de radiodifusores e de empresas satelitais. O setor de radiodifusão propôs ao Gaispi utilizar dois satélites: o da Embratel, nacional, e o da Sky, que é estrangeiro.
Moisés Moreira, presidente do grupo, defendeu que os satélites indicados estavam em posição orbital muito diversa entre si, o que obrigaria o consumidor a escolher uma posição para apontar sua antena Ku.
Ele disse ainda que essa situação poderia levar à judicialização da escolha no futuro, pois uma emissora que perder audiência poderia alegar que foi prejudicada pela política pública.
Moreira também argumentou que os satélites na posição 70º Oeste têm capacidade muito maior que o satélite da Sky e que o satélite da Sky, por ser estrangeiro, apresenta risco de descontinuidade.
As radiodifusoras, representadas por Abert, Abratel e Globo, votaram contra, depois de terem o pedido pela postergação da votação recusado.
Após a votação, as emissoras protestaram contra a escolha do Gaispi e afirmaram que pretendem recorrer.