Desde o fim de janeiro que a TIM Brasil está sob novo comando. Alberto Griselli assumiu o cargo de CEO da operadora, antes ocupado por Pietro Labriola, que passou a assumir o mesmo cargo no grupo TIM, na Itália. Em sua primeira entrevista ao cargo, o executivo falou sobre sua gestão e sobre o plano estratégico traçado pelo ocupante anterior.
Durante entrevista dada ao portal Estadão, Griselli afirmou que “não há plano de venda da TIM Brasil”. “Na verdade, estamos na contramão, participando da consolidação do setor”.
O CEO espera tornar a TIM Brasil a melhor operadora de telecomunicações ao longo do plano de três anos, ganhando a liderança em aspecto como serviço aos clientes, envolvendo qualidade de rede e o atendimento. Além disso, quer ser que a empresa seja reconhecida como a marca preferida no setor e atingir a liderança na temática ESG (ambiental, social e governança, na sigla em inglês).
Ao ser questionado sobre rumores de que a TIM estaria à venda, Griselli negou e afirmou, inclusive, que Pietro Labriola já deixou claro que a operadora não está à venda. “Na verdade, estamos na contramão, participando da consolidação do setor”, afirma.
Alberto Griselli também falou sobre a rede 5G ao ser questionado sobre a instalação da tecnologia. Segundo o executivo, a operadora está trabalhando com o tempo determinado pela Anatel para ativar o sinal nas capitais até julho de 2022, e que depende da liberação das frequências (faixa de 3,5 Ghz, que depende de limpeza para evitar interferências). “Estamos trabalhando para lançar comercialmente de forma ampla de junho para frente”, completa.
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Sobre a operação da venda da Oi Móvel, o executivo afirmou que ainda faltam passos societários e operacionais, assim como passos que devem ser respeitados e não dependem só deles. No entanto, afirma que entre abril e maio os clientes da Oi serão migrados para a TIM.
Por fim, Alberto Griselli foi questionado sobre as sinergias esperadas com a incorporação das redes, clientes e licenças da Oi Móvel.
“As mais importantes são de natureza técnica. A TIM é quem tem menos banda por cliente no mercado brasileiro. Com a entrada do espectro da Oi, daremos um pulo grande na qualidade do serviço. A segunda vantagem é receber um pedaço dos clientes, o que gera uma contribuição nos resultados. Daí o nosso crescimento da receita, que era de um dígito médio e vai passar a ser de dois dígitos”.