Nesta quarta-feira (16), os reguladores dos EUA suspenderam a licença de funcionamento de telecomunicações da estatal chinesa Pacific Networks, alegando motivos de segurança. Decisão é resultado do recente confronto entre Pequim e Washington.
Anteriormente, o país norte-americano já havia revogado as permissões de atuação da China Telecom e da China Unicom, sendo que a Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês), deu 60 dias para a Pacific Networks e sua subsidiária ComNet finalizar os seus serviços nos Estados Unidos. Até o momento, a ComNet ainda não atendeu ao pedido de resposta da AFP.
Por meio de comunicado, a Comissão Federal de Comunicações disse que “A propriedade e o controle das empresas pelo governo chinês representam riscos significativos para a segurança nacional e a aplicação da lei“. Além disso, acrescenta que Pequim pode monitorar ou interferir nas comunicações do país.
A decisão de interromper o funcionamento da Pacific Networks acontece em um momento que o democrata Joe Biden, presidente do Estados Unidos, têm pressionado com uma estratégia de enfrentamento a China, que está alinhada ao posicionamento do ex-presidente republicano Donald Trump, que tinha uma abordagem protecionista e que desencadeou a tensão entre os países.
As tensões entre as duas maiores potências mundiais estão relacionadas a diversas frentes, como comércio, direitos humanos, Twaian e a pandemia de convid-19.
A China Telecom, que também foi obrigada pelos EUA a finalizar seus serviços no país, é a maior operadora de telefonia fixa da China, mas tem enfrentado problemas com os EUA há anos, em especial, durante a gestão de Donald Trump, que entrou em conflito com Pequim por causa do comércio.
Essas empresas de telecomunicações que estão lutando contra as restrições do país. Em um comunicado divulgado em janeiro, a China Unicom afirmou que a decisão da FCC é “sem qualquer base justificável e sem fornecer o devido processo“.