A Telefônica, controladora da operadora Vivo no Brasil, está criando uma infraestrutura única com protocolo internet (IP), sistemas de inteligência e automação pronta para os novos serviços de 5G, fazendo uma integração de suas redes fixa e móvel. Batizando de ‘Fusion Network’, o projeto irá criar uma rodovia onde irá trafegar os serviços fixos, móveis e convergentes, segundo Elmo Rocha, diretor de planejamento de redes da empresa.
A Telefonia contratou a empresa NEC para fazer a integração e manutenção da rede e firmou acordo com a Cisco, que irá fornecer os equipamentos e consultoria. Embora não tenha sido divulgado o valor do investimento, o projeto faz parte dos cerca de R$ 8 bilhões que a Vivo planeja investir em seus serviços em 2022. NEC e Cisco realizam de 40% a 50% do projeto, ficando o restante com outros fornecedores.
Essa interação será realizada em todas as redes da operadora no Brasil, o que possibilitará o lançamento do 5G em cada localidade de forma antecipada. É previsto que o plano seja executado em três anos, que poderá ser ampliado, conforme a Vivo expande as redes de FTTH e a quinta geração de internet móvel.
Atualmente, as antigas redes de cobre, as de fibra óptica e até os domínios (FTTH) e as móveis da Vivo são separadas e operam de formas distintas. Com o ‘Fusion Network’, o tráfego de dados será mais bem distribuído em toda a infraestrutura, diminuindo assim a latência, que é o tempo de respostas aos comandos nas redes. Além disso, a empresa terá um “super ganho com a convergência”, segundo Rocha.
Na primeira fase do projeto, chamada de IP Fusions, será feita a integração da infraestrutura, simplificando e padronizando as redes, criando as rodovias com o transporte de dados. Enquanto que na segunda fase, iFusion, será feita a colocação dos sistemas de inteligência, automação, serviços de telemetria em tempo real para detecção de falhas, entre outros.
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A Fusion já foi instalada nas localidades onde a Vivo lançou a faixa de frequência 2,3 GHz, arrematada no leilão do 5G, assim como está sendo implantada nas capitais, que deverá receber a nova rede na faixa de 3,5 GHz até julho.
De acordo com Angelo Guerra, presidente da NEC no Brasil, o ‘Fusion Network’, será formado por diversas camadas de IP, e que os equipamentos antigos da Cisco já estão sendo substituídos por novos.
“Vamos armando os equipamentos como um quebra-cabeça”, disse o executivo. “IP é o meio que possibilita o transporte do tráfego. Agora, com a evolução da rede atual, vai transportar todas as evoluções tecnológicas.”
“A Cisco ajudará a otimizar o custo total de propriedade (TCO) da Telefônica e a aumentar a agilidade dos negócios, simplificando a arquitetura e as operações de rede […]”, disse Shaun McCarthy, vice-presidente mundial de vendas e infraestrutura do grupo Cisco.
