De acordo com agências de notícias da Rússia, o serviço de online Google Notícias está divulgando informações falsas sobre a ofensiva na Ucrânia. Com base nessas acusações, o regulador de mídia russa (Roskomnadzor) restringiu o acesso ao serviço.
O serviço governamental russo afirmou que o serviço de notícias online forneceu acesso a inúmeras publicações contendo “informações inautênticas e publicamente importantes sobre o curso da operação militar especial no território da Ucrânia”.
Desde a ofensiva da Rússia contra a Ucrânia, que o governo russo tem tentado controlar as informações divulgadas na internet. No início do mês, Vladimir Putin assinou uma lei que pune com até 15 anos de prisão quem espalhar “notícias falsas” sobre os militares russos, além de ter cortado o acesso ao Instagram e iniciado uma investigação criminal contra a Meta.
De acordo com comunicado do Google, “Algumas pessoas estão tendo dificuldades para acessar o aplicativo e o site do Google News na Rússia e que isso não se deve a nenhum problema técnico de nossa parte”.
A medida do governo russo acontece depois que o Google informou que não ajudaria sites, aplicativos e canais do YouTube a vender anúncios em conteúdos que considerasse explorar, descartar ou tolerar a guerra que ocorre na Ucrânia. Antes disso, a empresa também havia publicado que deixaria de vender anúncios online no país russo.
Outras restrições
Não é nenhuma novidade que a liberdade de expressão na Rússia é extremamente limitada, e passou a se acentuar ainda mais desde a invasão da Ucrânia. O Facebook e o Twitter também foram banidos do país pelo Roskomnadzor, sob o argumento de que as plataformas estavam discriminando o país ao impor restrições ao conteúdo das mídias estatais, com Rússia Today e Sputnik.
Na semana passada, o órgão regulador russo emitiu um aviso público ao YouTube, acusando a plataforma de censurar “canais de mídia russa legalmente registrada, figuras públicas, grupos criativos, times esportivos”, assim como canais educativos que contavam a história do país.