Durante a sua apresentação no primeiro dia do Fórum das Operadoras Inovadoras, evento organizado pelo Mobile Time e Teletime nesta terça-feira (5), o diretor de tecnologia da Claro, Luiz Fernando Bournot, afirmou que a operadora planeja ter um volume de site 5G superiores às determinada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), depois que o sinal for ligado a faixa de 3,5 GHZ.
Atualmente, a empresa já ativou os sites com 2,3 GHz em padrão non-standalone (NSA) enquanto aguarda a liberação da frequência de 3,5 GHz para que possa ativar a rede no padrão standalone (SA), o 5G ‘puro”. Essa liberação deve acontecer a partir de julho deste ano.
Entretanto, o executivo lembra que ainda há desafios pela frente, com a migração da TVRO para banda Ku, que mesmo que já esteja definido que será o satélite Star One D2 da Embratel, ainda há obstáculos para serem “pulados”, como a escolha do set-top box para uso na TV satelital e instalação de filtros.
Bourdot afirmou que a estrutura da operadora na quinta geração de internet móvel começou a ser preparada em 2016 com opticalização de seus sites, sendo que hoje já estão com 98% fibrados, e em cidades com mais de 300 mil habitantes já estão 100% com fibra óptica.
O diretor também lembra que mesmo com a rede toda pronta para a chegada do 5G e liberação do SA, as operadoras não poderão prover toda a capacidade esperada para a tecnologia, no início. Isso porque aplicações mais avançadas entraram apenas na fase posteriores da padronização que é feita pelo 3GPP, networking slicing.
“Estamos prontos para o 3,5 GHz, mas nem tudo estará pronto para o primeiro momento. Particularmente pontos relacionados ao standalone (e network slicing). O release 16 do 3GPP não apresenta tudo para termos arcabouço completo”, disse.
Embora o 5G SA ainda esteja em desenvolvimento, o diretor da Claro analisa que, quando for instalada, trará benefícios para a indústria de telecomunicações com a oferta de redes privadas para o segmento corporativo, por meio do network slicing. Ele afirmou que ainda que o padrão non-standalone tem como vantagem a “agregação massiva dos smartphones“.
“Hoje estamos no processo de homologação para terminais SA, mas a base NSA é maior”, completou.