Desde o leilão do 5G, que o mercado das telecomunicações está voltando suas atenções para o lançamento da tecnologia nas cidades do Brasil. De acordo com o edital, as empresas vencedoras da licitação deverão ativar a rede nas capitais brasileiras até julho deste ano, sendo o Distrito Federal uma delas.
No entanto, tão perto da chegada da tecnologia no Brasil, a capital ainda possui 11 regiões que não tem acesso a internet nem mesmo ao 4G, que compreende áreas rurais e regiões mais pobres consideradas muitas vezes inviável para os negócios no setor de telecomunicações, além de ser localidades que não foram alcançadas por política públicas para resolver o problema de baixa qualidade de conectividade.
As empresas que arremataram a faixa de frequência que compreende o Distrito Federal, terão que implantar o 4G nessas regiões desassistidas, conforme dita o contrato da licitação. Essas regiões ficam em áreas de Ceilândia, Planaltina, Paranoá e Sobradinho. A cobertura também deverá ser oferecida em parte das rodovias locais.
Entre as regiões sem a rede também inclui Colônia Agrícola Jardins, o Condomínio Quintas do Amarante, o Jardins do Morumbi, a Boa Vista e os núcleos rurais Fazenda Larga, São José, Sarandi, Cariru, Coperbrás, Lamarão e Lago Oeste.
De acordo com o ex-secretário de Tecnologia e Inovação do Distrito Federal, Gilvan Máximo, a capital possui uma das melhores coberturas 4G do Brasil. “Naturalmente, esses esforços não dependem exclusivamente da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Distrito Federal, motivo pelo qual o edital foi lançado pelo governo federal e não por nós“, afirma.
Em relação às áreas descobertas com a rede 4G, o ex-secretário afirma que o problema acontece por causa de questões geográficas.
“Com a chegada do 5G e de uma nova demanda de mercado que é de muito interesse das operadoras, nós, junto com o governo federal, fomos capazes de emplacar essas localizações para que a população local seja beneficiada e conectada a fim de resolver a falta de conectividade”, justificou.