Nesta terça-feira (12), durante cerimônia realizada em Brasília, o governo anunciou que irá instalar cerca de 12 mil pontos de internet em escolas públicas do país. A ação faz parte do Programa WiFi Brasil, coordenado pelo Ministério das Comunicações com parceria com a Telebras.
Durante o anúncio, o ministro Fábio Faria explicou que dos 12 mil pontos de internet, 10 serão instalados em áreas rurais e 2 mil em instituições de ensino urbanas. A princípio, o investimento custará R$ 85 milhões, no entanto, haverá uma sobreposição com os recursos do leilão do 5G para completar as escolas restantes.
A cobertura deve ser concluída em quatro meses, restando outras 2,5 mil escolas a receberem o serviço no segundo semestre, todas localizadas no Norte e Nordeste. Segundo o governo, 3 mil escolas estão sendo contempladas por mês.
“Do montante de escolas sem internet, nós temos ainda 14,5 mil escolas. A gente está assinando um contrato com a Telebras e a RNP [Rede Nacional de Ensino e Pesquisa], em que vamos conectar 12 mil escolas, nos próximos quatro meses. Ficaremos apenas com 2,5 mil escolas restantes para que a gente leve internet”, disse o ministro.
As escolas restantes serão conectadas com recursos do leilão do 5G, especificamente da faixa de 26 GHz. A conexão às instituições de ensino público são parte das obrigações relacionadas à frequência.
Fábio Faria disse que, em 2020, o Brasil tinha cerca de 25 mil escolas sem internet. Com as novas contratações, a meta é conectar todas as escolas até o fim do ano.
Até o momento, de acordo com números da pasta, 9.853 pontos de internet do programa WiFi Brasil foram instalados em unidades de ensino, sendo 93% em escolas rurais.
“Vamos entregar, sim, todo o Brasil conectado, até dezembro desse ano”, afirmou o presidente Jair Bolsonaro durante a cerimônia.
Wi-Fi Brasil
O projeto do governo federal tem duas formas de atuação. A primeira delas acontece por meio da instalação de antenas e roteadores em locais mais afastados dos centros urbanos, como aldeias indígenas e assentamentos rurais, ou localidades mais específicas como escolas e unidades básicas de saúde.
A segunda forma de atuação acontece com a instalação de antenas em praças públicas, com acesso livre a gratuito para todos.
O sinal recebido pelas antenas do programa é enviado pelo Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC).
O equipamento brasileiro entrou em órbita em 2017 e fica a mais de 36 mil quilômetros de distância da Terra.
Isso faz do SGDC o único equipamento nacional capaz de oferecer internet banda larga de alta velocidade para todas as regiões do país.