A TIM Itália iniciou negociações com um grupo de bancos para uma nova linha de crédito no valor de cerca de 3 bilhões de euros (R$ 15 bilhões) que poderia ser parcialmente garantida pela seguradora comercial italiana SACE.
O ex-monopólio de telefonia endividado, atingido por vários rebaixamentos de rating após uma perda anual recorde no ano passado, está avançando com planos para reorganizar seus negócios por meio de cisão de ativos.
A Telecom Italia iniciou negociações com um grupo de bancos, incluindo UniCredit (CRDI.MI), BNP Paribas (BNPP.PA), Credit Agricole (CAGR.PA) e Santander (SAN.MC) sobre o acordo de linha de crédito.
Sob um esquema de garantia que a Itália usou na primeira onda de COVID-19 em 2020 para ajudar as empresas a levantar novas dívidas, a SACE pode cobrir até 80% do financiamento.
No entanto, há dúvidas se a TIM é elegível para usar tal esquema, disse uma das fontes.
Notícias sobre negociações entre TIM, SACE e bancos sobre um possível empréstimo de 3 bilhões de euros foram divulgadas pela primeira vez pela Bloomberg News.
NEGÓCIOS
Recentemente, o grupo TIM Italia, dona da TIM Brasil, anunciou a venda de quase toda a sua fatia na empresa de infraestrutura passiva para redes móveis Inwit. Avaliado em 1,3 bilhão de euros, (cerca de R# 6,61 bilhões), o acordo foi selado com o fundo Ardina, que irá deter cerca de 40% das ações da Daphne 3, holding que detém 30,2% da Inwit, resultando assim na detenção de 90% da holding pelo fundo.
A empresa Central Towers, da Vofadone, e o fundo Canson Capital Partners, são os outros sócios da Inwit, onde detém 33,2% e 3% das ações, respectivamente. O restante dos papéis são negociados de forma livre no mercado financeiro italiano. De acordo com TIM Italia, a operação foi estruturada para que a Inwit não precise emitir ações ou assegurar direito de preferência aos atuais acionistas.
Essa é mais uma das ações que faz parte da estratégia de desinvestimentos elaborada por Pietro Labriola, CEO do Grupo TIM, onde prevê a venda de ativos não estratégicos. Também haverá divisão estrutural da operadora, com uma unidade dedicada a serviços residenciais e corporativos, que vai incluir a subsidiária brasileira, e uma unidade de infraestrutura.