O Instituto Algar junto com a Algar Telecom lançam uma versão especial do programa Talentos de Futuro: a edição Garotas Digitais. O objetivo do programa é ajudar que o público feminino possa desenvolver habilidades tanto técnicas quanto comportamentais para atuarem no ramo da tecnologia.
Talentos de Futuro é direcionado para as mulheres de Uberlândia entre 17 e 24 anos que tenham o interesse de entrar para o ramo da tecnologia. As inscrições podem ser feitas até 10 de maio em um curso de formação que é totalmente gratuito e digital, com direito a certificação.
Para garantir uma das vagas, a candidata deve estar no 3º ano do ensino médio em escola pública ou estar cursando até o 3º período de faculdade, na área de tecnologia. Além disso, precisa ter renda per capita de até 03 salários-mínimos; ter um computador; e possuir disponibilidade de tempo para realização das atividades.
As aulas do curso serão administradas do formato híbrido entre maio e agosto, sendo que os encontros presenciais semanais aconteceram na Faculdade Esamc, aos sábados, das 9h às 12h, enquanto que os encontros online serão quinzenais, às quarta-feiras, das 17h30 às 18h30.
Do ponto de vista técnico, nas aulas serão abordados temas como lógica, lógica de programação e Java. A formação comportamental abordará competências básicas para a inserção e permanência no mercado de trabalho, contemplando temas como ética, trabalho em equipe, comunicação, negociação e inovação.
O projeto possibilitará que as mulheres possam ser mais ativas no mercado de trabalho voltado para o setor tecnológico, pois de acordo com uma pesquisa elaborada pela CIPPEC, embora quase metade (45%) do total de trabalhos formais no Brasil sejam mulheres, somente 20% possuem empregos especializados em Ciência e Tecnologia. Outro estudo divulgado pelo Boston Consulting Group (BCG), afirmou que somente 9% dos cargos de CEOs em empresas de tecnologia são ocupados por mulheres, em todo o mundo.
Carolina Toffoli, diretora do Instituto Algar, afirma que é preciso desconstruir a ideia de que as mulheres não possuem capacidade intelectual para a área tecnológica.
“A sub-representação das mulheres no universo da tecnologia e da inovação, e das Ciências Exatas em geral, é um problema com raízes profundas. Diferente do que muitos imaginam, essa situação não tem nenhuma relação com a capacidade intelectual de meninas, mesmo que ainda hoje persista a ideia de que elas não tenham uma habilidade natural para essas áreas, e sim para Humanas. Esse é um mito que precisamos ajudar a desconstruir. Queremos contribuir com isso e com a realização de iniciativas que possam ajudar a promover uma maior diversidade no universo da TI e das telecomunicações”.