Na quarta-feira (11), a Apple perdeu o posto de empresa mais valiosa do mundo, após seu valor de mercado ter caído 5% e ser ultrapassado pela companhia de petróleo e gás natural da Arábia Saudita, Saudi Aramco, que passou a ter o título.
Segundo a FactSet, a bigtech fechou o dia no valor de 2.37 trilhões de dólares. A Apple teve queda de valor de US$ 350 bilhões, cerca de R$ 1,8 trilhões na conversão atual. Diferente da fabricante do iPhone, a petrolífera teve crescimento de 25% das ações. Agora, a Saudi Aramco vale cerca de US$ 2,43 trilhões.
Assim como os mais diversos setores de tecnologia, a Apple também está sendo impactada pela elevação da taxa de juros nos Estados Unidos. A desvalorização da empresa norte-americana faz parte de um movimento do mercado de tecnologia que está sofrendo com mercado financeiros como um todo, pois o segmento tecnológico é uma do mais afetado pelo aumento da taxa de juros dos EUA.
Atualmente, a taxa de juros está entre 0,75% e 1%, sendo que é o mais elevado desde os anos 1980. Embora essa alta tenha sido para conter a inflação, houve uma reflexo direto nas bolsas do país.
Além disso, a Apple também foi recentemente sobrecarregada por problemas na cadeia de suprimentos, especialmente na China, onde várias fábricas de seus fornecedores foram afetadas pelos bloqueios de Covid-19 no país. Em abril, a empresa alertou para grandes perdas, afirmando que problemas de produção e logística poderiam afetar suas vendas em até US$ 4 bilhões a US$ 8 bilhões neste semestre.
As restrições da Apple estavam “principalmente centradas no corredor de Xangai”, disse o CEO Tim Cook em uma teleconferência de resultados. Dan Ives, diretor-gerente de pesquisa de ações da Wedbush Securities, afirmou que os problemas na cadeia de suprimentos da Apple na China provavelmente irão continuar sendo “maior preocupação” para os investidores no curto prazo.