De acordo com o CEO da Oi, Rodrigo Abreu, ainda é um plano da companhia atingir a meta de economizar R$ 1 bilhão em seus gastos operacionais por ano. Para isso, será necessário fechar lojas, redimensionar a equipe de televendas e fazer a redução de estoque este ano. Isto tem relação direta com a venda da sua unidade móvel para a TIM, Vivo e Claro.
Sem as operações de telefonia celular e com o atendimento digital mais voltado para a oferta de serviços de banda larga fixa, será possível abrir mão de parte dos canais físicos.
Segundo afirma a companhia, a maior economia veio do RH (Recursos Humanos, onde houve redução de R$ 192 milhões a menos, no comparativo com o ano anterior, depois que foram reduzidos 1,3 mil vagas. A segunda maior economia veio de pagadores duvidosos, onde os custos caíram R$ 183 milhões.
Para nível de comparação, ano passado, a diretoria estatutária da Oi, que é formada por três pessoas, recebeu remuneração fixa de R$ 48,22 milhões, dividida para cinco executivos. Este ano, a remuneração fixa será de R$ 8,1 milhões, repartida entre três executivos, com a possibilidade de ganhos de bônus por desempenho que levem a remuneração de R$ 63 milhões.
Segundo afirma Abreu, em 2021, houve a redução de 2,6% nos custos operacionais devido a digitalização, alteração de gastos com marketing e o melhor uso de inteligência de TI. Considerando a inflação acima de 10% no período, a redução real dos gastos foi de 13% no comparativo com 2020, para R$ 12,38 bilhões.
Desde que entrou em recuperação judicial em 2016, a Oi tem vendido seus data centers, torres móveis, unidade celular e o mais recente, foi a anuência prévia da Anatel para a venda do controle da unidade de infraestrutura óptica V.tal pela Globenet.
Com a operação da Oi Móvel e da V.tal, a campanha conseguiu arrecadar R$ 26,4 bilhões, o que ajudou para a redução da dívida que ao final de 2021 era de R$ 32 bilhões. Com a venda da unidade móvel, a empresa também conseguiu quitar sua dívida com o banco BNDES.
Com isso, a maior parte do dinheiro recebido nas operações pela empresa vai para o pagamento de dívidas, com o objetivo de reduzir os custos financeiros, que não é possível atingir pela redução de despesas operacionais.