Antes de mais nada, VPN é uma sigla do inglês ‘Virtual Private Network’, que no português quer dizer “Rede Privada Virtual”. Trata-se de uma tecnologia que estabelece a comunicação entre dispositivos (smartphones, computadores, etc) e a internet. No entanto, diferente do padrão, ele faz uma rede de comunicação por meio da criptografia de dados transmitidos.
Ou seja, ele cria um túnel criptografado para que o provedor não consiga registrar as atividades que estão sendo realizadas no aparelho, fazendo com que a navegação seja anônima e não rastreável. Em seu fundamento, uma rede privada virtual garante a proteção de dados e estabelece uma navegação segura.
É exatamente isso que faz o Surf Shark, por exemplo. Por meio desse túnel criptografado, ele protege os dados online, ocultando o endereço de IP, além de permitir que o usuário utilize pontos de acesso de WiFi público com segurança. Com uma VPN é possível, por exemplo, acessar sites que são bloqueados no Brasil, assim como acessar plataformas de streaming e vídeos de outros países.
Atualmente há diversas empresas que oferecem o serviço no mercado, o que faz com que seja uma tarefa nada fácil escolher uma. Antes de contratar, é necessário compreender suas necessidades e o que cada VPN oferece para que seja feita uma boa escolha.
Com isso, confira algumas dicas de como selecionar o melhor serviço de rede privada virtual que atenda às suas necessidades.
Listando suas necessidades
Antes de mais nada, é necessário saber para qual propósito você quer contratar um serviço de VPN, pois cada usuário possui necessidades diferentes, sendo que a melhor maneira é listar cuidadosamente quais as suas demandas que precisam ser atendidas.
Navegação casual e segura
Se você busca apenas acesso seguro à sua rede doméstica, não é necessário investir em um provedor de serviço VPN. No entanto, a rede privada virtual é muito importante para navegação em redes públicas de WiFi, por exemplo rede sem fio de aeroportos, café, hotéis, etc.
As redes públicas de wifi podem ser bastante úteis, mas não são seguras. Com um VPN, os dados enquanto trafegam na rede são protegidos com criptografia, impedindo o ataque ‘man-in-the-middle‘ (homem no meio), onde alguém mal intencionado pode monitorar tudo o que está sendo transmitido na rede, inclusive senhas e informações bancárias.
Burlar bloqueios geográficos
Se você quer parecer que está em outro país e acessar conteúdos que não estão disponíveis no Brasil, por exemplo, o ideal é procurar um serviço de VPN que tenha saídas naquela localidade desejada. Quer acessar os conteúdos disponíveis na Netflix norte-americana? Então é necessário ter uma rede privada que tenha pontos de saída nos Estados Unidos.
O mesmo vale para acessar plataformas e conteúdos que estão disponíveis em outros países, como vídeos no YouTube que só são disponibilizados na China, ou conteúdo da BBC, no Reino Unido. Com isso, escolher um serviço que tenha uma lista grande de saídas em outros países é muito importante.
Anonimato
Se as suas necessidades forem mais sérias do que acessar conteúdos de outros países, navegar de forma anônima na internet pode ser um obstáculo a mais no rastreamento do usuário. Porém, somente uma VPN não é a melhor escolha, uma vez que o serviço contratado pode registrar todas as atividades realizadas na navegação.
Se o principal interesse é o anonimato online, uma ferramenta mais semelhante ao Tor pode ser uma alternativa e uma solução melhor do que as VPNs para quem não quer ser rastreado.
Compatibilidade e conexões simultâneas de dispositivos
É importante saber da empresa quais as plataformas são compatíveis com o serviço, pois mesmo que a maior parte das VPNs suportem os principais SOs, como Windows, Mac, Android, Linux e iOs, algumas podem não estar disponíveis em todas. Se você tem um smartphone Android, mas um Macbook, é importante ter um serviço que funcione nos dois.
Outro ponto importante é verificar se o serviço permite conexão simultânea de dispositivos, pois algumas VPNs permitem apenas conectar até três dispositivos, enquanto outras são ilimitadas. Em uma residência onde há mais de três dispositivos, como roteador, computador e smartphone, é válido garantir que todos os aparelhos possam ser conectados simultaneamente.
Limites do serviço
É importante tomar cuidado se o serviço de VPN impõe restrições de franquia de dados e o que acontece caso ela seja excedida. O ideal é escolher uma que não estabeleça esse limite, mas se tiver, que seja claramente muito alta e para que o provedor monitore os clientes abusados.
Com isso, em casos que há limites de franquia de dados, é bom saber quanto você consome normalmente antes de contratar um plano limitado. E mesmo que o pacote seja generoso, é necessário saber qual a ação da empresa caso a marca estabelecida seja superada.
Registro de acessos
Um dos objetivos das VPNs é não registrar as atividades dos usuários. Embora a maioria das empresas não guardem essas informações, não custa nada perguntar. Se a resposta for sim, é importante saber para qual finalidade e quais informações são mantidas.
Formas de pagamentos oferecidos
Parece besteira, mas não é. A forma de pagamento pode interferir no objetivo que a VPN está sendo contratada. Por exemplo, se o intuito é melhorar a privacidade, a vinculação a um cartão de crédito pode destruir o propósito do serviço. Por isso, escolher por empresas que oferecem pagamentos por meio de fontes anônimas é o ideal, como criptomoeda ou cartões-presente.
Sistema de interruptores
A empresa que fornece o serviço de VPN deve garantir que seus dados não caiam na internet aberta e insegura. Com isso, os melhores serviços contam com o recurso de ‘kill switch‘, que se a conexão cair por algum momento enquanto você navega na internet, ele bloqueia automaticamente a conexão e dá a opção se você quer ou não continuar navegando de forma desprotegida.