Não é nenhuma novidade que o 5G, que está em implementação no Brasil, já funciona em outros países como a China e os Estados Unidos. No entanto, o que muitos não sabem é que a internet utilizada nessas localidades não se trata do 5G standalone (Puro). Ou seja, a tecnologia ainda não trafega em frequências exclusivas.
Nesses países, na maior parte das cidades onde há o sinal da rede, o 5G funciona basicamente como o que já acontece no Brasil, o chamado 5G DSS, que funciona como uma espécie de 4G turbinado. Pelo menos, é o aponta um levantamento realizado pela empresa Viavi Solutions, intitulado de “The State of 5G”.
Segundo o levantamento, atualmente, menos de 2 mil cidades do planeta contam com a cobertura da rede 5G, mais precisamente, são 1.947. Como já mencionado, a maior parte dessas cidades ficam na China e nos Estados Unidos. Dessas quase 2 mil localidades, somente 24 oferecem o 5G “verdadeiro”.
Esses dois países estão no topo do ranking quando o assunto é número de cidades que oferecem cobertura 5G. De acordo com o estudo, a China tem 356 cidades com a rede, enquanto que os Estados Unidos oferecem o serviço em 296. Na terceira posição ficam as Filipinas, com 98 cidades com a tecnologia. As Américas, no total, somam 419 cidades. Embora seja na versão DSS, o estudo aponta que 72 países já contam com 5G em funcionamento.
5G SA no Brasil
De acordo com o edital do 5G, as empresas vencedoras da licitação deveriam ativar o sinal da rede nas capitais brasileiras até 31 de julho. No entanto, pode acontecer que a implementação da tecnologia seja adiada para setembro, pois o Gaispi, o Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência, solicitou um prazo maior para a ‘limpeza de espectro’ que será usado pela rede.
O motivo para a proposta de adiamento é que os equipamentos voltados para conter a interferência de sinal não chegariam a tempo por causa da falta de chips no mercado e as restrições impostas na China para conter o avanço de novos casos de Covid-19.
“A escassez de semicondutores, as limitações do transporte aéreo e a demora no desembaraço aduaneiro trouxeram impactos ao projeto”, declarou a Anatel.