Há algum tempo que o aluguel e a ocupação irregular de postes têm sido discutidos pelos órgãos competentes. O valor do aluguel, a responsabilidade de fiscalização e as sanções para a ocupação legal são alguns dos tópicos.
Na sexta-feira (27), a Telcomp deu apoio a uma proposta da Abrint sobre a criação de uma entidade para operar apenas a faixa dos postos ocupada pelas empresas de serviços de telecomunicações. Além disso, está trabalhando em em um software para facilitar a fiscalização da ocupação por essa empresa que seria criada.
A Fitec foi contratada pela associação das operadoras competitivas para criar um sistema de cadastramento de ocupação de postes e de fiscalização dinâmica por meio do uso da inteligência artificial. A ferramenta vem sendo desenvolvida com recursos vindos do Funttel.
“É um software que serve para inventariar uma situação de reordenamento de rede, capaz de suportar o serviço de campo, orientar projetos e fiscalizar”, afirmou o presidente executivo da Telcomp, Luiz Henrique Barbosa, no Encontro Nacional Abrint 2022.
De acordo com Barbosa, esse software é baseado em outro que é usado pelas próprias distribuidoras de energia elétrica que fiscaliza os linhões de energia. Com o resumo é feito um georreferenciamento dos postes, sinalizando quais as empresas ocupam cada unidade, com cadastramento próprio. “Enfim, nossa proposta é dialogar com as elétricas, utilizar essas soluções e que em 10 anos a gente possa solucionar a questão dos postes no Brasil”.
“Hoje uma equipe fiscaliza 100 postes por dia. Com o software, seriam 1,2 mil postes. Isso poderia ser feito com um carro, como o da CET, como o do Google, com câmeras que vão olhando para os postes e comparam as imagens do momento com as imagens de antes para dizer se sumiu ou apareceram cabos e de quais empresas são os cabos”, disse.