Na noite deste domingo (29), a Telecom Italia e o investidor estatal CDP anunciaram que assinaram um acordo preliminar para combinar os ativos de telefonia fixa, cujo objetivo é tentar abrir caminho para uma única rede de banda larga em todo o país italiano.
Com isso, a empresa de telecomunicação irá fundir sua rede fixa com a rival de banda larga Open Fiber, controlada pelo investidor estatal italiano, como parte dos esforços de recuperação da empresa por meio de uma separação completa de sua rede fixa das operações de serviços.
O acordo preliminar também foi assinado pelo fundo KKR e fundos de infraestrutura Macquarie, que detêm participações minoritárias na unidade de rede da Telecom Itália e na Open Fiber, respectivamente. As duas empresas são investidores minoritários na nova rede única.
Depois que a Telecom Itália rejeitou a proposta do fundo KKR em comprar a empresa por 10,8 bilhões de euros, ele decidiu se juntar ao projeto envolvendo o fundo CDP, que possui 60% da Open Fiber e é o segundo maior investidor da Telecom Italia, com 10% de participação. O acordo vinculante deve ser negociado até o final de outubro e a nova rede será controlada pela CDP.
No entanto, a parceria entre as empresas ainda está sujeita a aprovação das autoridades antitruste nacionais e da União Europeia, assim como dos acionistas da Telecom Italia. Analistas estipulam que a operação levará até dois anos para ser concluída.
A ideia do acordo entre as empresas é a criação de uma rede banda larga única para evitar a duplicação de investimentos e acelerar a implementação da fibra óptica e a digitalização da economia. Desde o início do ano, as ações da Telecom Italia acumulam queda de 38%, considerando o fechamento de sexta-feira (27).
De acordo com o presidente-executivo, Pietro Labriola, a separação da infraestrutura de rede da Telecom Italia dará à empresa recursos para o desenvolvimento de serviços de dados e conectividade para consumidores e empresas, segundo mensagens enviadas aos funcionários.