Durante uma teleconferência realizada na quarta-feira (11) para divulgação do balanço financeiro da Vivo, Christian Gebara, CEO da operadora, falou de um algo que não irá agradar muito os clientes. O executivo defendeu o aumento de preços nos planos Vivo pré-pagos, controle e fibra óptica.
De acordo com a operadora, já foi realizado um reajuste de preços nos serviços dos planos de clientes pós-pagos, mas que também precisa chegar para a base de clientes pré-pago. Gebara disse que mesmo considerando os atuais índices de inflação e que a receita da empresa tenha crescido 4,7% no primeiro trimestre de 2022, ainda “há oportunidade para repricing”. Ou seja, aumento de tarifas.
A justificativa usada pelo executivo é que “esse é o segmento no qual o mercado não seguiu a inflação até agora”. Para ele, os preços ficaram parecidos nos últimos anos. Por fim, Gebara ‘incentivou’ que os concorrentes fizessem a mesma coisa, sendo que a TIM já declarou que fará reajuste de tarifas.
Durante sua apresentação, o CEO da Vivo reconheceu que a operadora já tem realizado reajustes de acordo em serviços recorrentes, conforme o vencimento contratual das ofertas. O que pode ser observado na receita da operadora que teve um crescimento recorde no primeiro trimestre de 2022 nos últimos sete anos, que foi graças às contribuições do pós-pago e da fibra óptica até a residência (FTTH), onde registrou aumento de 4,6%, atingindo um valor de R$ 11,3 bilhões.
No entanto, os custos totais também sofrem os efeitos da inflação, chegando a R$ 6,8 bilhões, um aumento de 7% em relação ao período anterior. Segundo David Melcon, CFO da Vivo, o aumento nos custos deverá continuar até o final do ano, mas será acompanhado da criação de valor para os acionistas, uma vez que adquiriu parte dos ativos da Oi Móvel.
