A quinta geração de redes móveis está progredindo rapidamente na maioria dos países, inclusive o Brasil, que até setembro deste ano deve ter o 5G operante em todas as capitais do país, conforme determinado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que estendeu o prazo para que as operadoras implementem a banda enquanto TVs migram para a Banda Ku.
De acordo com dados da associação 5G Américas, a nova geração alcançou a meta de 701 milhões de usuários em todo o mundo até o 1º trimestre de 2022, com previsão de ampliação para 4,8 bilhões ainda nos próximos quatro anos e 1,2 bilhão até dezembro deste ano, segundo a Omdia, empresa que vem monitorando o crescimento desse segmento nos últimos meses.
Conforme mostra um relatório dos últimos 12 meses, nesse período o 5G apresentou crescimento de 410 milhões conexões em todo o mundo, correspondendo a um progresso de 141% se comparado com o mesmo período do ano anterior, partindo de 291 milhões para 701 mi até março.
Com base nesses registros, a Omdia prevê forte crescimento no setor a partir de 2023, especialmente na Ásia e América do Norte, enquanto outras regiões emergentes — como a América Latina, por exemplo — devem seguir avançando em menor velocidade, mas com expectativa de crescimento no ano que vem podendo atingir 28 milhões de conexões até dezembro de 2022.
Embora o 4G LTE ainda predomine mundialmente, esse cenário deve mudar nos próximos meses em países desenvolvidos. Entretanto, no Brasil a realidade difere e a quinta geração deve tardar a chegar em municípios do interior, assim como consta no edital aprovado pelo órgão regulador e operadoras brasileiras.
Ao contrário de outras regiões, o Brasil adota inicialmente um formato de 5G “impuro” por utilizar o padrão Dynamic Spectrum Sharing (DSS) para conectar os dispositivos dia rede. Essa tecnologia utiliza a infraestrutura da banda de 2,3 GHz, usada atualmente pelo 4G, em vez dos 3,5 GHz.