Já pensou atualizar o seu iPhone e ao invés de torná-lo mais rápido, ele fica mais lento? É o que um grupo de defesa do consumidor no Reino Unido está acusando a Apple de fazer. O grupo abriu um processo contra a empresa, que pode ser multada em US$ 900 milhões (cerca de 4,5 bilhões, na cotação atual).
A empresa norte-americana é acusada de realizar um downgrade proposital de iPhones antigos, que também já rendeu outras ações em anos anteriores e em vários países.
De acordo com o processo liderado pelo ativista Justin Gutmann, cerca de 25 milhões de iPhones (6, Plus, 6S, 6S Plus, SE, 7, 7 Plus, 8, 8 Plus e X) foram afetados com a atualização, tornando os aparelhos mais lentos.
A Apple confirma que fez modificações nos modelos citados através de uma atualização de firmware, mas alega que o objetivo era preservar a vida útil das baterias, e consequentemente, autonomia, que era tão criticada anteriormente. O problema é que a empresa fez a alteração sem qualquer informativo ou consentimento dos usuários.
“Nós nunca fizemos e nunca faremos nada para prejudicar a experiência do usuário, para forçar os clientes a fazer atualizações. Nosso objetivo sempre foi criar produtos que nossos clientes adoram; e fazer com que os iPhones durem o maior tempo possível é uma parte importante disso”, disse a Apple, em comunicado publicado pelo Gizchina.
Essa é apenas mais uma das ações contra a Apple relacionadas ao mesmo motivo, sendo que em outras situações, a empresa perdeu a causa, como em ações promovidas em Portugal, França e nos Estados Unidos.
Em seu Twitter, o ativista Justin Gutmann comemora a abertura do processo contra a Apple. A postagem diz o seguinte:
“Notícia emocionante! Hoje lancei uma reclamação contra a Apple por enganar até 25 milhões de usuários do iPhone no Reino Unido, ocultando uma ferramenta de gerenciamento de energia nas atualizações do iOS que retardavam os dispositivos em até 58%”.
Confira o tweet: