Nesta quarta-feira (08), o CPQD, junto com a Prefeitura de Campinas, Embrapa, Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da PUC Campinas e da TIM inaugurou a iniciativa batizada de ‘Open 5G @ Campinas’, um ecossistema de inovação voltado para o desenvolvimento de aplicações da nova rede.
A ideia é transformar a região de Campinas, no interior paulista, em um polo de pesquisa, produção, desenvolvimento e teste de novas tecnologias baseado em redes da quinta geração de internet móvel, assim como o compartilhamento de informações entre instituições e laboratórios ao melhor estilo do conceito “open innovation” (inovação aberta). Aplicações para Open RAN, orquestração, automação, inteligência artificial, edge computing e fatiamento de rede (network slicing) podem fazer parte do movimento.
Neste momento, a iniciativa apenas os integrantes citados acima participam, mas há intenção de abrir para novos interessados, incluindo operadoras, fabricantes de equipamento, fornecedores de dispositivos ou equipamentos, e desenvolvedores de software, startups e demais atores.
“A intenção é trazer novos atores com atuação não só em Campinas, mas no cenário nacional, que tenham interesse em desenvolver ou testar soluções e aplicações 5G em vários segmentos, como saúde, educação, agronegócio, cidades e indústria”, explica o presidente do CPQD, Sebastião Sahão Júnior.
Os trabalhos ainda estão em fase inicial. Na primeira parceria de conectividade do ecossistema, a TIM ainda está estudando a necessidade de estações 5G para a cobertura do projeto, e não descarta a possibilidade da ativação acontecer no mesmo período do lançamento comercial do 5G na cidade, que está prevista para acontecer até 2023, segundo os termos do edital.
Segundo Leonardo Capdeville, vice-presidente de tecnologia da TIM, a operadora vai oferecer para os laboratórios e universidades de Campinas conectividade 5G para pesquisa e criação de aplicações.
“As universidades vão nos dizer o que precisam em infraestrutura, e vamos então instalar ali a antena, que poderá ser 5G em 3,5 GHz, 2,3 GHz, ou mesmo em ondas milimétricas”, explicou ao Tele.Síntese.
“A expectativa é desenvolver um 5G nos moldes que precisamos para o Brasil“, afirmou Capdeville. “Uma pergunta é se devemos ter o mesmo 5G que todo o mundo, e a resposta que essa iniciativa provavelmente vai trazer é que não. O agro, que para a gente é muito relevante, talvez não tenha o mesmo impacto em outros países“.
Além disso, a RNP afirmou que a rede metropolitana da entidade em Campinas, usada na integração de instituições de ensino na cidade, pode ser usada pelo ecossistema, assim como o backbone nacional e pontos de presenças administrados pelo órgão.