20/11/2024

Entidade pede que governos conversem entre si sobre interferência do 5G

Associação Internacional de Transporte Aéreo quer que o governo do mundo todo trabalhem em ‘estreita colaboração’ sobre o assunto.

Volta à discussão uma das preocupações relacionadas à implementação do 5G nos Estados Unidos quanto a interferência do espectro da banda C com o sistema de segurança da aviação. Só que agora o assunto tomou proporções internacionais. A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês) decidiu fazer um pedido formal a todos os governos do mundo.

A decisão foi tomada em assembleia geral em Doha, no Qatar, onde a associação pede que os governos trabalhem em “estreita colaboração” com o setor para impedir a coexistência dos serviços.

Por meio de comunicado divulgado à imprensa nesta quarta-feira (22), a IATA afirma que reconhece a importância do viés econômico ao disponibilizar o espectro para o 5G, mas diz que também é crítico manter a segurança de passageiros, tripulações e aeronaves.

O caso dos Estados Unidos foi citado pela entidade como algo a ser evitado, mas a coordenação entre setores brasileiros, dentre outros, serve como exemplo de eficiência para a associação.

Não devemos repetir a experiência recente nos Estados Unidos”, declara o diretor geral da IATA, Willie Walsh, no comunicado, citando a interrupção dos serviços de aviação por risco de interferência nos radioaltímetros.

“Na verdade, muitos países, como Brasil, Canadá, França e Tailândia, conseguiram gerenciar com sucesso os requisitos dos provedores de serviços 5G, incluindo as mitigações necessárias para preservar a segurança da aviação e garantir serviços ininterruptos”, completou.

A garantia de banda de guarda suficiente para separar a banda C do 5G da faixa de 4,2-4,4 GHz utilizada pelos rádio altímetros é uma das medidas adotadas pelos governos, assim como o estabelecimento de limite de potência e inclinação para baixo de antes de 5G “principalmente nas proximidades de rotas de voo”. entre essas medidas também a proibição da rede móvel com a tecnologia em zonas de precaução ao redor de aeroportos.

A questão está com consulta pública aberta desde maio, sendo que a Anatel e a Embraer realizaram estudos sobre o assunto.

De acordo com a IATA é preciso que os governo se coordene, junto com as agências reguladoras e setor de aviação para garantir que não ocorram interferências. Sendo necessário a realização de estudos detalhados antes que o espectro seja disponibilizado.

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