Amplamente presente em países desenvolvidos, a quinta geração de redes móveis caminha vagarosamente no Brasil e deve demorar até chegar em municípios mais afastados, localidades que ainda sofrem para se conectarem a frequência 4G.
Apesar da limitação de acesso no campo, a fazenda Ipê, localizada no interior do Piauí, foi a primeira a contar com uma antena de 5G para oferecer aos moradores da região acesso a essa tecnologia ainda em desenvolvimento no país.
Segundo informações do Estadão, o equipamento foi instalado na propriedade rural em parceria com a TIM, operadora que na semana passada revelou estar pronta para disponibilizar o 5G nas capitais, incluindo o Distrito Federal.
No caso do agronegócio, a nova frequência deve ser especialmente útil para o avanço nos meios de produção que dependem de conexão à Internet, alcançando tanto maquinários agrícolas quanto projetos que utilizam Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês).
Com isso, estima-se um crescimento significativo na produção de soja, milho, cevada e outros grãos, neste caso em torno de 20%. O uso da internet para gerenciamento da produção não é uma novidade no campo, mas a chegada do 5G deve expandir o horizonte de possibilidades dos fazendeiros no segmento de automação.
Falta de conectividade no campo
Embora o futuro prometa grandes avanços para o agronegócio, é sabido que em cidades do interior — especialmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste — ainda há dificuldade no acesso à rede móvel nas chamadas “zonas de sombra”, área em que o sinal das operadoras sofre interferência ou simplesmente não chega.
Essa limitação restringe o leque de recursos tecnológicos que podem ser adaptados para uso no meio agro. No entanto, a instalação de antenas 5G conforme o cronograma estipulado no edital da Anatel deve contribuir positivamente tanto para levar internet de qualidade aos produtores rurais quanto a população mais afastada.