A PSafe, empresa norte-americana de cibersegurança, divulgou esta semana dados de um levantamento que apontam para a crescente onda de golpes envolvendo o Pix, forma de pagamento que bateu recordes em 2022 e vem sendo amplamente usada pelos brasileiros, incluindo pessoa física e estabelecimentos comerciais.
De acordo com a pesquisa, entre abril e maio deste ano houve um aumento superior a 350% no número de tentativas de golpe usando o Pix se comparado com os números obtidos no primeiro trimestre entre os meses de fevereiro e março.
No primeiro período, o total de tentativas bloqueadas pelos softwares de proteção da PSafe foi de 92 mil detecções, enquanto nos dois meses seguintes o resultado foi de 424 mil tentativas de estelionato, isto é, quase sete mil tentativas todos os dias.
De acordo com o levantamento, a tática conhecida como phishing (“pescaria”, em inglês) é a mais usada pelos criminosos para tentar convencer a vítima em potencial a realizar transferências bancárias para um QR Code ou chave informada.
Na maioria dos casos, o golpista entra em contato com a pessoa via mensagem de e-mail ou SMS se passando por uma instituição bancária, plano de saúde ou outra empresa. Para tentar induzir à vítima é possível que os criminosos insiram dados verdadeiros, como nome completo, data de nascimento e CPF, por exemplo, obtidos através da dark web em vazamentos de informações.
“Só nos cinco primeiros meses do ano, registramos mais de 3.4 milhões de detecções de golpes com a temática financeira. No ano passado, no mesmo período, havíamos bloqueado pouco mais de 2.2 milhões”, afirma o executivo-chefe de segurança da PSafe, Emilio Simoni.
Golpes do Pix: proteja-se
A PSafe deu algumas dicas de como se proteger e evitar cair em golpes relacionados a fraudes bancárias. Confira:
- Ao fazer um PIX, cadastre a conta recebedora no aplicativo do seu banco para evitar movimentações para chaves inseguras;
- Evite clicar em links para fazer uma transferência;
- Caso precise receber o PIX de uma pessoa desconhecida, envie uma chave aleatória. Use seu CPF ou dados pessoais apenas para pessoas que você conhece;
- Nunca faça uma transferência, nem realize pagamentos de emergência sem antes ligar para a pessoa que vai receber o dinheiro (sem usar a ligação do WhatsApp), e confirmar a sua real identidade;
- Procure duvidar mais das informações compartilhadas na internet, principalmente quando se tratar de supostas promoções, brindes, descontos ou propostas boas demais para serem verdade. Os links podem conter malwares;
- Restrinja a visualização do seu perfil nas redes sociais apenas para pessoas conhecidas e oculte sua foto do WhatsApp (há uma opção para que apenas seus contatos vejam a foto). Para isso, vá nas configurações do aplicativo, selecione “conta” e depois “privacidade”. Em “foto do perfil”, selecione a opção “meus contatos”;
- Desconfie de todos os links compartilhados via troca de mensagem e redes sociais. Na dúvida, use o verificador de links do dfndr lab para verificar se aquela URL é realmente segura.