22/11/2024

Meta faturou mais de R$ 150 milhões com contas falsas no Facebook

Revista Wired divulgou levantamento afirmando que a empresa faturou esse montante com contas e perfis que violaram a regra da rede social.

De acordo com um levantamento realizado pela revista Wired, focada em tecnologia, inovação e negócios, entre junho de 2018 e abril deste ano, a Meta (antiga Facebook) faturou US$ 30,3 milhões (cerca de R$ 158 milhões) com receita de publicidade na rede social através de conta falas e perfis que violaram a regra do Facebook.

Partes desses perfis espalhavam desinformações. O montante gerado envolve contas que foram removidas pela própria rede social por comportamento inautêntico coordenados, ou CIB, na sigla em inglês. Mesmo que tenham sido feitos por contas banidas, os valores pagos pelos anúncios não são devolvidos pelo Facebook, assim como afirma Margarita Franklin, chefe de segurança da Meta, à Wired.

A Executiva também ressalta que nem todo o faturamento do período citado foi de publicidade que violaram as regras da rede social, pois o que aconteceu foi que essas contas responsáveis por elas foram banidas.

Segundo as normas do Facebook, é considerado CIB o uso de cotas falsas ou duplicadas para aumentar a audiência ou engajar público em determinado tema. A documentação de perfis enquadrados nisso acontece desde 2018 pela Meta. No entanto, desde 2021, que a empresa passou a relatar o que chamou de “dano social coordenado”, que são perfis reais, mas que espalham desinformações.

“Entendemos o CIB como esforços coordenados para manipular o debate público para um fim estratégico, onde as contas falsas são centrais para a operação”, explica o Facebook em seu site.

Segundo o levantamento, dos US$ 30,3 milhões faturados por essas contas, mais de US$ 22 milhões foram de sete perfis, sendo o maior desses desembolso de uma campanha de US$ 9,5 milhões feita pelo Epoch Times, site ligado a grupos de extrema direita anti-China e religioso do EUA.

Ainda segundo o Wired, de 134 anúncios pagos e removidos de perfis inautênticos, 56% focavam no público dos Estados Unidos, 31% o foco era outros países e 12% ambos públicos. Estados Unidos, Ucrânia e México foram os alvos mais frequentes de direcionamento das publicidades pagas pelos perfis banidos.

ViaUOL
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