No domingo, a Telecom Italia, dona da TIM Brasil, conseguiu chegar em um acordo preliminar para a venda da sua rede fixa e a criação de um rede doméstica com o investidor estatal CDP. No entanto, a Vivendi, principal acionista da empresa italiana, pretende se opor se a operação avaliar o negócio, segundo o presidente-executivo, que afirma que estaria pronto para considerar outras alternativas.
“Quero ser claro sobre o valor da rede“, disse o presidente-executivo da Vivendi, Arnaud de Puyfontaine, ao jornal La Repubblica, em entrevista publicada nesta quarta-feira.
Segundo o executivo, “a Vivendi nunca apoiaria a venda da rede pelo valor estimado pelos analistas [entre 17 e 21 bilhões de euros] e isso é do melhor interesse da Telecom Italia”.
“Se o valor real (da rede da Telecom Italia) não for reconhecido, dado que somos um investidor industrial de longo prazo, estamos prontos para avaliar outras oportunidades”, disse Puyfontaine.
A proposta do grupo utilizado foi de cerca de 20 bilhões de euros, incluindo dívida na rede fixa, segundo informações de fontes que conversaram com o portal Reuters. De acordo com De Puyfontaine, em termos de estratégia, a combinação da linha fixa da telecom Italia com a Open Fiber era “o caminho principal”, mas “não o único”.
A Telecom Italia e o investidor estatal CDP assinaram o acordo para criar uma rede doméstica de banda larga, onde a rede fixa da TIM Itália seria desmembrada e depois fundida com a rede da Open Fiber, controlada pela CDP.
Atualmente, a CDP é a segunda maior acionista da Telecom Italia, com 10% de participação e dona da Open Fiber, com 60% de participação. Caso o acordo venha realmente a ser realizado, cujo acordo vinculante deve ser assinado até o final de outubro, a rede combinada será controlada pela CDP.