Nesta quarta-feira (22), o Tribunal de Apelação de Estocolmo confirmou a sentença proferida em instância inferior há 1 ano, em que ficou proibida a venda de equipamento 5G da Huawei na Suécia. Em 2020, a agência reguladora de telecomunicações do país sueco já tinha vetado o fornecimento desses equipamentos para empresas móveis.
O motivo da proibição é a preocupação com a segurança nacional, mesmo argumento que foi dado pelo Governo do Canadá, que também proibiu o comércio dos equipamentos 5G da Huawei.
O governo sueco solicitou que as empresas removessem todo o material produzido pela Huawei e pela rival chinesa ZTE até janeiro de 2025.
A Huawei negou que fosse um risco à soberania sueca e recorreu da decisão nos tribunais do país. Em comunicado enviado à Reuters, a empresa afirmou que “ficou decepcionada” com a decisão judicial.
“Vamos analisar a decisão e avaliar nossos próximos passos, incluindo outros recursos legais sob a lei sueca e a lei da UE, para continuar a salvaguardar nossos direitos e interesses legítimos”, declarou.
Outras proibições
Além da Suécia, países como Estados Unidos, França, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Reino Unido têm proibido a venda de equipamentos 5G da Huawei, assim como a participação na infraestrutura da quinta geração de internet móvel.
O país norte-americano tem colocado pressão em outros países para que excluam a Huawei das novas redes móveis 5G, argumentando também segurança nacional, por acreditar que Pequim pode obrigar a empresa a auxiliar em atividades de ciberespionagem.
Em maior, o Canadá proibiu que as operadoras sem fio do país instalassem dispositivos da Huawei e ZTE em suas redes 5G de alta velocidade. Em 2020, o Reino Unido também restringiu a empresa, enquanto que a França validou uma lei que restringiu a Huawei. Em 2018, a Austrália e a Nova Zelândia proibiram a participação da empresa na infraestrutura de 5G.