Em parceria com a Huawei, que forneceu os equipamentos, a Vivo começa nos próximos dias, teste de novos serviços 5G com alguns clientes selecionados do Rio de Janeiro (RJ). Com a infraestrutura que já está instalada, as empresas irão iniciar os testes com o uso do espectro 2,3 GHz, e será ampliado para 3,5 GHz, assim que a faixa estiver disponível para uso na capital.
De acordo com o diretor de estratégia da operadora, Marcelo Abdo, a ideia dos testes é entender a demanda por novas aplicações e serviços baseados na nova rede. O objetivo da Vivo é compreender qual a capacidade precisa alocar por site.
“Nós estamos, por exemplo, testando o smart office usando a banda milimétrica. Não é um teste comercial. Estamos na fase de testar a tecnologia, assegurar que funciona e buscar o modelo de negócio mais adequado e desenharmos as ofertas”, falou.
Com os testes também será possível verificar a viabilidade do uso de onda milimétrica como alternativa a banda larga fixa. A Vivo também quer descobrir se é possível entregar um serviço de FWA satisfatório com as faixas de 2,3 GHz e 3,5 GHz.
Abdo afirmou que os testes são em pequena escala. Além da conexão, a Vivo também irá implantar um “gree site” criado pela Huawei, que integra antena e rádio, para reduzir o espaço ocupado, o peso e a resistência aos ventos nas torres.
Ainda de acordo com o diretor de estratégia da operadora, a Vivo vem se preparando nos últimos anos em rede para ativar o 5G SA este ano, chegando a ter 100% dos sites 5G com fibra, tanto a futura rede quanto os atuais 5G DSS. Além disso, a operadora também removeu as camas de equipamentos IP com o objetivo de reduzir a latência.
No 5G DSS, que depende do núcleo do 4G, a Vivo alcançou 15% da população brasileira em sua cobertura. Em 2,3 GHz, utiliza 5G NSA desde dezembro. Abdo também afirmou que o momento está favorável para o lançamento da quinta geração de internet móvel, uma vez que existem mais de 40 modelos de terminais compatíveis no mercado local, incluindo smartphones intermediários.
O executivo também lembrou que há novos desafios pela frente. Os planos 5G em 3,5 GHz exigem uso de novos SIM Cards nos celulares, e segundo ele, a operadora já possui esses dispositivos em estoque. Lembrou também que terá a tecnologia eSIM compatível com a nova rede ativada “nas próximas semanas”.