Na última semana, a Apple anunciou o lançamento de uma nova ferramenta para combater diretamente as operações de espionagem governamental e corporativa em seus dispositivos. O recurso chamado de Lockdown será disponibilizado para iPhone, iPads e Macs.
Com o Lockdown, o acesso do sistema operacional será restrito e limitado às operações que podem ser realizadas, resultando assim na redução da superfície disponível para roubo de dados e outras atividades maliciosas.
Para ter uma ideia de como funciona o modo Lockdown, ao ativá-lo, arquivos anexos e prévias de links deixam de ser baixados e exibidos em mensagens, enquanto tecnologias como JavaScript deixam de funcionar no acesso ao site.
A ligação de um aparelho ao computador via cabo fica desativada enquanto o dispositivo estiver bloqueado. As chamadas recebidas no FaceTime também ficarão suspensas, exceto quando o contato anterior já tiver sido realizado. Além disso, os usuários que utilizarem o recurso poderão instalar perfis de configuração ou registrar o dispositivo em sistemas corporativos de gerenciamento.
O Lockdown tem como público alvo ativistas, jornalistas, figuras públicas, políticos e qualquer outra pessoa que seja visado para tais ações de roubo de dados e espionagem. O recurso estará disponível a todos os usuários do iOS, iPadOS e macOS nos próximos meses.
A empresa também afirma que o modo Lockdown é apenas o começo, sendo que mais recursos de segurança e proteção serão adicionados ao longo do tempo. Isto vale também e principalmente no surgimento de novas capacidades no software de espionagens.
A Apple afirma que os outros recursos que podem ser usados em tais ataques continuam funcionando, como conexão automática a redes celulares ou Wi-Fis conhecidos e a transmissão de informações como IMEI e ICCID, que pode servir como identificador em tarefas de rastreamento. Tais elementos seguem ativados como medidas de segurança aplicadas a todos os usuários de dispositivos Apple, segundo a fabricante norte-americana.