De acordo com os resultados financeiros divulgados pela América Móvil, dona da operadora Claro Brasil, o país fechou o mês de junho com 85,7 milhões de clientes de telefonia móvel, sendo que 12,9 milhões foram incorporados pela compra de parte dos ativos da Oi Móvel. Com isso, a quantidade de assinantes brasileiros supera os números do México.
No México, a empresa criada pelo empresário Carlos Slim, contabilizou no segundo trimestre deste ano 81,7 milhões de clientes, perdendo assim o posto de principal mercado da América Móvil, que mantinha a colocação até o primeiro trimestre.
Em relação às linhas fixas, o Brasil também superou o México, possuindo 24,7 milhões de acessos em território brasileiro, contra o número é de 21,2 milhões.
O Brasil também se destacou no crescimento da receita do negócio móvel da empresa no segundo trimestre, com um aumento de 13,75%, sem levar em consideração a operação com a unidade móvel da Oi.
“A América Móvil consolidou os ativos móveis da Oi no Brasil, o que compensaria parcialmente o efeito da venda da Tracfone para a Verizon”, explica o analista da Actinver, Valentim Mendoza, em notas antes dos resultados da empresa.
No geral, a empresa encerrou o segundo trimestre com 306 milhões de clientes móveis, um aumento de 12,5% em sua base de clientes pós-pagos e de 8,9% em pré-pago.
Quanto a receita
No segundo trimestre, a empresa adicionou 217,4 bilhões de pesos mexicanos em receita, um crescimento de 3,3% em relação ao mesmo período do ano passado. As receitas dos serviços móveis tiveram crescimento de 8,5%, enquanto que a telefonia fixa recua 0,5% ano a ano. Já o EBITDA cresceu 4% no período.
O lucro foi de 13,7 bilhões de pesos mexicanos, 68% inferior ao obtido no ano passado. Os ganhos foram afetados por custos de financiamento abrangentes de 18,1 bilhões de pesos, dos quais 50% foram pagos líquidos de juros.
De forma geral, de acordo com o portal Bloomberg Linea, analistas da Monex consideram os resultados da empresa positivos.
“Acreditamos que o relatório da América Móvil foi positivo, pois contempla a integração dos negócios da Oi móvel, bem como uma tendência favorável na incorporação de clientes nos segmentos pré-pago e pós-pago”, afirmou Brian Rodriguez, analista da Monex.