Na última quinta-feira (14), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou que professores e pesquisadores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) começarão os testes de desempenho e segurança do modelo mais recente (UE 2020) das urnas eletrônicas, geração que não será empregada no pleito de outubro, mas que pode ser utilizada pelo TSE nas eleições municipais de 2024.
Conforme explica o Tribunal, a versão UE 2020 será submetida a testes semelhantes aos que foram feitos nos modelos UE 2015 no período de avaliação, há sete anos. Além da análise primária feita antes da implementação dos equipamentos, as urnas atuais também encaram periodicamente investidas dos participantes dos Testes Públicos de Segurança do Sistema Eletrônico de Votação (TPS) de modo a assegurar a proteção contra ciberataques durante as eleições.
Segundo o Coordenador de Tecnologia Eleitoral do Tribunal, Rafael Azevedo, o cronograma de testes está parcialmente definido devendo focar em ataques direcionados ao software e hardware usados pelas urnas brasileiras. Em síntese, os estudantes da USP terão que tentar quebrar o sigilo do sistema ou alterar o resultado dos votos.
“Eles [alunos] vão executar os testes que já foram feitos em todos os Testes Públicos de Segurança e mais alguns que julguem necessários para poder verificar a segurança do modelo 2020”, explica Azevedo.
Esse modelo de urnas começaram a ser entregues pelo TSE em dezembro de 2021, no entanto, o “atraso” impediu que os equipamentos fossem colocados à prova no edital TPS lançado em agosto do ano passado. Apesar disso, a avaliação da integridade dos aparelhos deve acontecer nos próximos meses.
Em seu site oficial, o TSE explica que a urna eletrônica 2020 traz importantes melhorias se comparada com a geração predecessora, sendo ainda mais segura e dificultando possíveis tentativas de fraude no sistema eleitoral. Vale destacarmos que embora o modelo UE 2020 traga avanços, a versão de 2015 também é segura garantindo o voto democrático e auditável.
Durante testes realizados sob supervisão do TSE, Exército, Polícia Federal e representantes dos partidos políticos, a urna que será usada nas Eleições 2022 se mostrou confiável e segura contra ataques externos.