Nesta quinta-feira (07), a Telecom Italia, controladora da TIM Brasil, divulgou seu plano de transformação para reverter a queda nas receitas no mercado doméstico, onde a empresa acumula uma dívida de mais de 23 milhões de euros, o equivalente a R$ 125 bilhões na cotação atual. Com isso, o grupo deve demitir mais de 9 mil funcionários até 2030.
Esse corte no quadro de funcionários seria uma das transformações mais significativas da Telecom Italia (Grupo TIM), que atualmente possui 41 mil pessoas trabalhando no grupo.
Entre as medidas de transformação também está a separação de sua operação de rede fixa doméstica e unidade de cabos submarinos Sparkle em uma empresa separada, assim como consta no plano estratégico do presidente-executivo, Pietro Labriola. A nova companhia se chamará NetCo e passará a se responsabilizar por cerca de 11 bilhões de euros da dívida.
O plano de demissões não será de forma aleatória e sem compromisso com os funcionários da empresa, e sim baseado em um programa de aposentadoria antecipada e das negociações com os sindicatos que já estão em andamento.
A Bloomberg Linea tentou contrato com a TIM Brasil para saber se os negócios no mercado brasileiro serão afetados de alguma forma, mas a operadora não respondeu. No entanto, segundo o Comunicado ao Mercado divulgado pelo Grupo TIM, o plano de transformação da empresa não irá afetar os negócios da TIM no Brasil.
Dessa nova reestruturação, Labriola também disse que pode firmar um acordo com a Open Fiber, rival da Telecom, até o final de outubro. A negociação prevê a combinação da NetCo com a concorrente, fazendo com que o banco estatal CDP seja a controladora da empresa resultante. No entanto, ainda pode ocorrer a venda de participação da NetCo, como um possível plano B.
Além disso, com o objetivo de reduzir a dívida líquida geral abaixo de 5 bilhões de euros, o Grupo TIM também pretende vender uma participação minoritária na recém-criada unidade de serviços empresariais.