Cerca de um terço dos consumidores que assinam serviços de streaming estariam propensos a cancelar pelo menos uma dessas plataformas nos próximos meses, de acordo com um estudo global divulgado pela consultoria Simon-Kucher & Partners.
No entanto, essas probabilidades poderiam ser diferentes caso os serviços, como HBO Max, Netflix e Disney+, lançassem a assinatura com valores mais baratos ou aqueles suportados por publicidade.
De acordo com o estudo, um a cada cinco usuários de streaming acham “difícil” administrar a quantidade de assinatura que possui, resultando assim no cancelamento. Outro fator apontado pela pesquisa para o cancelamento é o preço. 39% afirmaram que cancelaram alguma plataforma para economizar e outros 30% disseram que cancelaram por causa do elevado preço.
Em relação a idade, o estudo aponta que os mais velhos são os menos propensos a cancelar um serviço, enquanto que cerca de 40% dos usuários menores de 24 anos já cancelaram algum serviço, sendo que apenas 20% dos maiores de 60 anos cancelaram um streaming no último ano.
O Estudo Global de Streaming foi realizado entre abril e maio deste ano, com mais de 12 mil pessoas em 12 países: Estados Unidos, Austrália, China, França, Alemanha, Índia, Holanda, Singapura, Espanha, Suécia e Reino Unido.
Streaming suportados por publicidades
Assim como já noticiamos aqui, plataformas como Netflix e Disney+ estão avaliando a possibilidade de lançar assinaturas com valores mais baratos, só que suportados por propagandas publicitárias. Seriam assinaturas onde os usuários teriam que assistir anúncios enquanto assistem algum conteúdo do streaming.
O estudo também apontou que a assinatura com publicidade, em relação aos assinantes da Netflix, há uma maior aceitação de um modelo híbrido entre assinatura mais barata com exibição de anúncios publicitários, sendo que mais de 3/4 dos usuários não cancelariam o serviço caso passasse a exibir anúncios.
“Isto mostra que os modelos híbridos de assinaturas e anúncios têm potencial e abrem portas para uma nova era de monetização do streaming”, afirma Hans Munz, responsável de Mídia e Tecnologia da Simon-Kucher & Partners.