O Twitter foi acusado de ter dissimulado as vulnerabilidades do sistema de proteção de dados e de ter mentido sobre a luta para combater contas falsas. As acusações foram feitas por Peiter Zatko, ex-chefe de segurança da rede social, nesta terça-feira, 23, segundo o jornal The Washington Post e a rede CNN.
Segundo o texto divulgado para imprensa, Paiter expôs “erros graves e grosseiros, desconhecimento deliberado e ameaças à segurança nacional e à democracia”. Este trecho está no documento entregue em julho para a SEC (agência reguladora do mercado de ações) e para a FTC (Comissão Federal do Comércio).
Defesa do Twitter
A rede social enviou uma nota para a Agence France-Presse afirmando que a denúncia está cheia de incoerências e imprecisões. Além disso, garantiu que uma das suas prioridades é justamente a proteção de dados. Para a empresa, Peiter está tentando prejudicá-la, além de também tentar incomodar os clientes e acionistas da rede social.
O Twitter também alegou que o ex-funcionário foi demitido em janeiro, por conta de mal desempenho e não saber liderar.
Por outro lado, Pieter falou sobre servidores parados, programas vulneráveis a ataques cibernéticos. Também afirmou que os executivos procuram omitir dos acionistas e autoridades estadunidenses as tentativas de pirataria. E disse que a rede social dá privilégio ao aumento da quantidade de usuários antes de retirar/derrubar spams e robôs.
Segundo o The Washington Post e a CNN, a comissão de inteligência do Senado quer conversar com Zatko para entender a fundo as acusações.
Como isso pode ajudar Elon Musk
Esse último acontecimento é mais um ingrediente na briga entre Elon Musk e essa rede social. Elon Musk comprou o Twitter , mas desfez o negócio alegando que a empresa minimiza a proporção de contas falsas e spam, que é estimada em 5% pela rede social.
Com isso, Elon Musk pode tentar justificar o abandono da compra de 44 bilhões de dólares evitando pagar uma multa por ter rescindido o acordo.