Nesta terça-feira (09), a Algar Telecom divulgou os resultados financeiros referente ao segundo trimestre deste ano, onde apontou um prejuízo de R$ 3 milhões, mas com uma alta de 10,4% na receita líquida para R$ 673,5 milhões entre abril e junho. No documento, a operadora explica os motivos que resultaram no resultado negativo.
No relatório financeiro, a empresa explica que “esse resultado foi ocasionado por um maior dispêndio com amortização/depreciação e maior volume de despesas financeiras, fruto da maior dívida bruta no período e dos aumentos do CDI e IPCA médios”. O primeiro caso está relacionado à compra da Vogel Telecom.
No segundo motivo, a Algar Telecom afirma que investiu R$ 291 milhões no segundo trimestre de 2022, valor acima dos R$ 137,4 milhões investidos no mesmo período do ano passado, onde registrou um lucro de R$ 48 milhões. O fluxo de caixa livre foi de R$ 84,9 milhões, bem menos que os R$ 115,5 milhões do 2T21.
O Ebitda cresceu 10,4% na base anual sem efeitos pontuais (e 6,7% na reportada), para R$ 270,5 milhões. Já a margem ficou em 40,2% em linha com a do ano anterior, mas em relação a base semestral, teve recuo: o indicador passou de 42,6% nos seis primeiros meses de 2021 para 39,8% no intervalo até junho.
A Algar explica que a baixa na margem Ebitda é resultado dos impactos inflacionários, assim como do efeito advindo da integração da Vogel, “que traz, nos períodos iniciais, custos e despesas que são objeto de um cronograma de captura de sinergias“, segundo a Algar.
B2B, Voz e Consumo
De acordo com a empresa, dos mais de R$ 673 milhões da sua receita, R$ 448,1 milhões vieram do segmento B2B (business to business), responsável por 16,9% do faturamento do grupo, no comparativo anual, pois na comparação com o primeiro trimestre de 2022, houve recuo de 3,9%.
As receitas com serviços (Tecnologia da Informação e Comunicação) da Algar Telecom totalizaram R$ 73,2 milhões no trimestre analisado, um crescimento de 38,6% em 12 meses. Já os serviços de telefonia móvel prestados aos clientes B2B geraram uma receita líquida de R$ 50,9 milhões no segundo trimestre do ano, aumento de 30,2% em relação ao mesmo período do ano passado.
A operadora reportou que até o fim de junho somava em sua base 191,3 mil clientes corporativos, um avanço de 13,6% em um ano. Desse total, 170,3 mil são pequenas médias empresas. Segundo a companhia, a ampliação da rede com a integração de ativos da Vogel contribuiu para a maior pegada comercial neste campo.
No mercado B2C (business to consumer), a receita da Algar foi de R$ 225,3 milhões, queda de 0,5% no comparativo anual, mas uma alta de 1,4% frente ao permitido no trimestre. No entanto, o segmento móvel avançou 7,7% em termos de receita com impulso de 11,6% do pós-pago, de maior valor.
Segundo a empresa, as receitas oriundas dos serviços de voz totalizaram R$ 561,0 milhões no trimestre, uma evolução de 1% explicada pelo aumento do número de clientes do segmento.
Na banda larga residencial, houve recuo de 2,6% na receita. No B2C, a empresa terminou o segundo trimestre do ano com 252 mil ativos de internet fixa, sendo que 510 mil por fibra óptica. Somados ao B2B, a Algar tem 780 mil acessos de banda larga, sendo 758 mil em fibra.