Monique Barros, diretora de regulatório da Claro, acredita que esse é o momento de redefinir o conceito de prestadoras de pequeno porte, afinal a Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações, está prestes a revisar o Plano Geral de Metas de Competição, o PGMC. Monique abordou o tema durante live do Tele.Síntese.
A diretora de regulatório da Claro entende que esse é o momento ideal para a revisão pois, segundo ela, existem no Brasil mais de 9 mil empresas prestadoras de pequeno porte. Porém, nos últimos anos muitas dessas cresceram, deixaram se ser pequeno porte na prática, mas ainda são na teoria.
Hoje em dia, a regra para uma PPP é que tenha no máximo 5% de market share no país, ou seja, pouca quota de participação no mercado brasileiro. E para Monique já existem muitas empresas que ultrapassaram essa porcentagem, daí se faz necessária a revisão por parte da Anatel.
Para a representante da Claro, a revisão deve ser feita para definir o que é prestadora de pequeno porte por município. Afinal, é nesse ambiente que há a competição de mercado para esse estilo de empresa.
Além de falar sobre as pequenas prestadoras, Monique Barros, falou também sobre as redes neutras e as OTTs (over the top, que são empresas que oferecem serviço na internet, como streamings, a Netflix é um dos exemplos mais conhecidos). Para ela a atualização por parte da Anatel é necessária pois esses são modelos novos, não tradicionais que precisam ter novas regras:
“As análises do mercado competitivo partindo do mercado de varejo talvez tenha que ser revista.[…] No passado, esse modelo não existia […] Antes a gente olhava a competição no mercado de telecomunicações olhando para empresas de telecomunicações. Agora, a competição se dá com um setor não tradicional de telecomunicações, que são as OTTs.”
A diretora ainda afirmou que é importante repensar em como fazer com que essas últimas empresas citadas, redes neutras e OTTs, também usufruam dos investimentos em infraestrutura. Monique abordou todos esses assuntos durante live do Tele.Síntese.