Ainda existe muita especulação sobre o futuro da Oi, principalmente depois da Highline arrematar torres da operadora (OIBR3) por R$ 1,697 bilhão. E a maior dúvida que paira no ar sobre a empresa, depois dessa venda, é o que falta para todo esse processo de recuperação chegar ao fim.
A compra da Highline ainda precisa passar pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). E, além disso, o juiz da 7ª Vara empresarial do Rio de Janeiro ainda vai examinar o caso para decidir a conclusão, ou não, da recuperação judicial antes do aval da Anatel e Cade sobre a transação.
A OIBR3 foram vendida, mas operadora ainda precisa prestar contas
Embora as torres já não sejam mais da operadora, ela ainda vai continuar usando, mas de forma alugada. Segundo o InfoMoney, as torres da Oi foram anexadas a uma sociedade de propósito específico (SPE), que se chama Torres 2. A operadora vendeu os ativos e agora utiliza pagando um aluguel mensal para a nova dona. Afinal, a Oi precisa prestar serviços até o final de sua concessão.
O que a Oi vai ganhar
As compras das torres serão pagas em duas parcelas: a primeira de R$ 1,088 bilhão, para quando o negócio for fechado, e R$ 609 milhões que pode ser paga até 2026.
Segundo a Levante Ideia de Investimentos para InfoMoney, esse dinheiro que Oi vai receber não vai necessariamente para quitar as dívidas, mas vai ajudar a operadora a expandir suas atividades. Todo esse processo da recuperação judicial vai render para a Oi cerca de R$ 31 bilhões.
Para a Levante esse é o momento de investimentos constantes. Pois a empresa terá tempo e dinheiro para se reestruturar:
“Com mais de R$ 30 bilhões de caixa recebidos durante o processo todo, a companhia ficará com a sua estrutura de capital melhor equalizada, dependendo apenas da melhora operacional para gerar caixa recorrente, assim permitindo investimentos de forma constante”